Oiketicus kirbyi Guilding
(Lepidoptera: Psychidae)
Pertencente à ordem Lepidoptera, a
família Psychidae abrange cerca de 1000
espécies descritas e 300 gêneros
distribuídos no planeta (sATTLer, 1991).
um exemplar desta família é o Oiketicus
kirbyi (Guilding) (Lepidoptera: Psychidae),
um inseto conhecido como bicho do cesto,
cuja presença tem sido descrita em vários
países da América Central, Caribe e
América do sul, atacando plantas silvestres
e cultivadas (COrIA et al., 2011). esta
espécie é altamente polífaga, se
alimentando de várias espécies florestais,
ornamentais e de importância agrícola,
podendo provocar danos econômicos
(eLLIs et al., 2005).
A existência de prejuízos
econômicos causados pela alimentação de
O. kirbyi foi registrada em abacateiro
Persea americana Mill. (Lauraceae)
(rHAINDs & CABrerA, 2010), bananeira
Musa spp. (Musaceae) (PONCe et al.,
1979), cafeeiro Coffea sp. (rubiaceae)
(GrAveNA & ALMeIDA, 1982) dendezeiro
Elaeis guineensis (Arecaceae) (rHAINDs
et al., 1996), laranjeira Citrus spp.
(rutaceae) (GrAveNA & ALMeIDA, 1982),
videira (principalmente, em Vitis labrusca L.
(vitaceae), cvs. Bordô e Niágara) e em
pessegueiro Prunus persica (L.) Batsch
(rosaceae) (BArONIO et al., 2012). este
inseto também se alimenta de nespereira
Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.
(rosaceae), Eucalyptus spp. (Myrtaceae),
teca Tectona grandis L. (Lamiaceae),
amendoeira Terminalia catappa L.
(Combretaceae), Lagerstroemia speciosa
(L.) Pers. (Lythraceae) e pata-de-vaca
Bauhinia forficata Link (Fabaceae) (GArA
et al., 1990; PereIrA et al. 2001;
rHAINDs et al., 2008;. rHAINDs &
sADOF, 2009; MeNDes et al., 2010;
TAvAres et al., 2011).
O bicho do cesto é assim chamado
porque suas larvas confeccionam um abrigo
em forma de cesto a partir de pedaços de
ramos, folhas e outros detritos e um fio de
seda secretado pelo próprio inseto (FIG. 1)
(eLLIs et al., 2005; COrIA et al., 2011). O
cesto é muito resistente, o que lhe protege
do ataque de inimigos naturais e das
aplicações de inseticidas. Inicialmente, o
tamanho do abrigo é de 4-5 mm, de cor
marrom escuro e consistência parecida com
serragem (COrIA et al., 2011).
Com
crescimento da larva, pedaços maiores de
madeira são incorporados no cesto, e este
pode medir até 120 mm de comprimento e
65 mm de largura, em formato fusiforme,
com a parte anterior de maior largura que a
posterior (BArONIO et al., 2012).
O ciclo biológico de O. kirbyi é
diferente dos demais lepidópteros. O
macho se transforma em mariposa quando
alcança a fase adulta, já a fêmea continua
com a forma imatura, vivendo durante todo
o ciclo no interior do cesto (rHAINDs et al.,
2009). esse fenômeno é denominado de
neotenia e acontece quando as
características da fase jovem permanecem
no estágio adulto.
A fêmea permanece dentro de seu
cesto e atrai os machos, liberando cerdas
impregnadas com feromônio (rHAINDs &
sADOF, 2009). O macho copula com a
fêmea através da inserção de seu
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abdômen extensível que fica até, duas
vezes maior, que o tamanho inicial no
cesto (rHAINDs et al., 1994; eLLIs et al.,
2005). A maioria das fêmeas procura as
folhas mais jovens presentes no ápice da
planta para passarem à fase de pupa, o
que facilita o acasalamento após sua
emergência (BArONIO et al., 2012).
Porém, os machos preferem acasalar com
fêmeas maiores, por causa da maior
quantidade de feromônio liberado por elas
e pelo seu maior potencial reprodutivo,
independente da posição delas na planta
(MeXZÓN et al., 2003).
Depois da cópula, que dura cerca de
trinta minutos, o macho morre e a fêmea
inicia a postura, depositando uma única
massa de 3.500 a 6.000 ovos dentro de seu
abrigo (CAMPOs-ArCe et al., 1987;
rHAINDs, et al., 1994), envoltos por
escamas ou pelos existentes no último
segmento abdominal do inseto misturados
com feromônios sexuais (MArICONI &
ZAMITH, 1971).
Os ovos de O. kirbyi são cilíndricos,
com arestas arredondadas, de coloração
branco-creme quando recém-colocadas e
depois escurecem com a proximidade da
eclosão das lagartas (BArONIO et al.,
2012). O período de incubação é de 22 a 35
dias (COrIA et al., 2011). em regiões
tropicais, a fase de ovo da espécie tem
menor duração, indicando a sua adaptação
às condições climáticas destes locais, o
que resulta em maior fecundidade na
região Neotropical (MIsHrA, 1978).
Oiketicus kirbyi não é muito encontrado em
regiões temperadas (MOrDeN &
WALDBAuer, 1980) e nestes locais,
hiberna na fase de ovo (NeAL et al., 1987).
Após eclodirem, as lagartas de O.
kirbyi saem do cesto através de uma
abertura no fundo deste e se dispersam
para novos pontos da planta hospedeira,
por um fio de seda e com o ajuda do vento,
em um processo conhecido como
balonismo, dando início a confecção de
novos cestos (MeXZÓN et al., 2003). As
lagartas recém-eclodidas apresentam
coloração amarelada e cerca de 1,5 mm de
comprimento (CAMPOs-ArCe et al.,
1987).
Mas em poucos dias adquirem
coloração castanho escura, que depois se
altera para manchas escuras espaçadas,
com listras da mesma coloração presentes
na parte posterior do corpo (MArICONI &
ZAMITH, 1971), que servem como
camuflagem, protegendo-as de
predadores. Apresentam cabeça muito
quitinosa e com mandíbulas fortes, além de
três pares de pernas no tórax e cinco pares
de falsas pernas, localizadas nos primeiros
quatro segmentos do abdômen, e no
segmento anal (COrIA et al., 2011).
à medida que se desenvolvem, as
lagartas vão adicionando material vegetal e
fios de seda para a expansão do cesto
(rHAINDs & sADOF, 2009). quando vão
trocar de estádio, estes insetos se prendem
em locais protegidos do ataque de
predadores e fecham o casulo na parte
anterior. O número de estádios larvais é
oito e nove, para machos e fêmeas
respectivamente (BArONIO et al., 2012).
uma das características de O. kirbyi
é o longo período larval, fase que causa
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danos às plantas, sendo de mais de 200
dias (KrIsHNAN, 1977). em bananeira
(Musa sp.), este período dura de 207 a 382
dias (sTePHeNs, 1962); no abacateiro
(Persea americana), de 206 a 238 dias
(vILLANuevA et al., 2005; rHAINDs et al.,
2009; COrIA et al., 2011) e em eucalipto
(Eucalyptus spp.), varia entre 140 e 151
dias (BArONIO et al., 2012).
quando a fase larval termina, o
inseto fecha o cesto na parte anterior para
transformá-la em pupa (MArICONI &
ZAMITH, 1971). A fase de pupa apresenta
dimorfismo sexual acentuado. Nessa fase,
os apêndices não são distinguíveis nas
pupas fêmeas que, ao contrário das pupasmacho,
não apresentam a cabeça e o tórax
diferenciados, com anéis abdominais pouco
marcados.
A duração do período pupal é de
23 a 31 dias para as fêmeas de O. kirbyi, já
para as pupas-macho, tem duração de 29 a
36 dias (CAMPOs-ArCe et al., 1987).
Além disso, o comportamento de pupação é
distinto para as lagartas dos dois sexos, o
que pode ser devido ao dimorfismo sexual
na fase adulta (rHAINDs & sADOF, 2009).
A distribuição de pupas na planta
hospedeira varia para machos e fêmeas,
tendo maior abundância de pupas fêmea na
copa, por causa da dispersão ativa de
larvas fêmeas (rHAINDs et al., 2002).
Após a emergência, as fêmeas
permanecem dentro do seu cesto,
aguardando a chegada dos machos
(rHAINDs, et al., 1994). As fêmeas
possuem uma cabeça relativamente
pequena, peças bucais muito pequenas,
não têm antenas e nunca deixam o abrigo
(COrIA et al., 2011). O macho adulto é uma
mariposa com cerca de 42 mm de
envergadura, de coloração marrom, com
antenas bipectinadas e escamas recobrindo
o corpo. A cópula ocorre entre 17 e 19 horas
após a emergência dos adultos e o período
de oviposição dura de 1,8 a 2,1 dias.
Assim
que ocorre a postura, a fêmea cai no solo e
morre (BArONIO et al., 2012). A vida dos
adultos é curta (MeXZÓN et al., 2003),
sendo que os machos apresentam duração
de 3,5 dias e as fêmeas 3,9 dias (CAMPOsArCe
et al., 1987).
surtos do bicho do cesto geralmente
aparecem em paisagens depauperadas,
onde os hospedeiros estão isolados, sendo
que a explosão populacional destes insetos
é rara em ambientes conservados, como os
parques naturais (KuLMAN, 1965), a
menos que sofram distúrbios. Isto pode ter
ocorrido na reserva ecológica equatoriana
de Churute, equador, onde O. kirbyi
provocou grande desfolha das florestas de
mangue desta reserva em fevereiro do ano
de 1989 (GArA et al., 1990). Populações de
bichos do cesto ficam equilibradas quando
em ambientes adequados para a
sobrevivência de seus inimigos naturais.
em locais com cultivos de monoculturas, no
entanto, devido às constantes perturbações,
as populações de inimigos naturais de O.
kirbyi podem ser prejudicadas, resultando
no aumento populacional deste inseto, que
pode se tornar uma praga.
Silma da Silva Camilo
Bacharela em Agronomia, Mestranda em Produção
vegetal, universidade Federal dos vales do
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Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina/MG. e-mail:
dsilma@yahoo.com.br
Marcus Alvarenga Soares*
engenheiro Agrônomo, Doutor em entomologia,
professor do Departamento de Agronomia,
universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e
Mucuri, Diamantina/MG.
e-mail: marcusasoares@yahoo.com.br
*autor correspondente
Elizangela de Souza Pereira
Graduanda em Ciências Biológicas, Departamento
de Biologia, universidade Federal dos vales do
Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina/MG. e-mail:
elizzsouza@yahoo.com.br
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O bicho do cesto MG.BIOTA, Belo Horizonte, v.5, n.5, dez./jan.2012/2013 31 Foto: Marcus Alvarenga soares. FIGurA 1 - Bicho do cesto: Oiketicus kirbyi (Guilding) (Lepidoptera: Psychidae).
Agradeço ao amigo João Angelo Cerignoni (Esalq-USP, Piracicaba/SP), por identificar este bicho, bem como fornecer dicas sobre ele
Bichos de Arceburgo/MG - Numero 13
não conhecia esse bichinho com um nome tão comum e que parece inofensivo, o perigo é quando se descontrola a sua fertilidade possivelmente por destruição dos seus predadores, e aumento da sua "numerosa prole" assim os ecossistemas deixam de se controlar a eles próprios
ResponderExcluirmas sempre o milagre da vida que de reproduz em milhares de formas e de cores :)
feliz fim de semana Ademir
Angela
Um bicho do cesto no meu Manacá da Serra...que coisa mais linda!!!!
ExcluirFoi batizado de Kunegundes.
Cuidei, protegi do sol e da chuva, mas hoje ele caiu umas 6 vezes no quintal e não quis voltar pra árvore.
Como meu espaço é todo cimentado, levei-o na Praça ao lado da minha casa.
Coloquei-o numa árvore, parece que ele ficou feliz.
Até chorei, porque já tinha me apegado.
Tenho muitas fotos e vídeos dela.
Que história bonita. Qual é seu nome, e sua cidade. Tem muita sensibilidade.
ExcluirHoje filmei por uns 5 min. um espécime desta natureza. Fiquei curiosa pois não tinha percebido (mesmo sendo muito familiares a mim) que dentro do "abrigo" estava um animal. No meu entendimento ele queria sair, mas somente depois de consultar metade dos arquivos da Internet, percebi que estava vendo um animal que não sairia de casa. Devolvi-o ao pé de pinha de onde o vi inicialmente e agora tentarei monitorar o percurso dele no meu jardim.
ResponderExcluirE eu cuidando do bichinho com todo carinho. Comeu todas as folhas de minha roseira e as rosas também. O que faço então?
ResponderExcluirTem um na roseira do meu pai. Estamos achando lindo!!!! Não queremos dar fim.
ExcluirOlá Ademir, td bem ? Estou com bicho do cesto no meu jardim e estou preocupada pois ele saiu das flore, a andou pelo gramado e agora está na cerquinha de madeira perto de outras flores, muito exposto...como faço para protegê_lo ? Posso colocá-lo em outro lugar? Qto tempo demora para ele virar mariposa? Posso fazer um local para ele ficar e ir colocando folhas para ele se alimentar ? Obrigada desde já, Monica
ResponderExcluirMonica
ExcluirBoa tarde.
Tudo bem.
No texto acima encontrará as informações que precisa.
Mas a melhor coisa que podes fazer, é não interferir.
Deixe a natureza seguir seu curso.
Como combater uma infestação nos pinheiros?
ResponderExcluirAmigo, boa noite. Infelizmente não domino esta area. Quem sabe no texto tem alguma ajuda.
ExcluirPor favor estou com uma árvore infestada desse bicho tem mais de 500 casulos o que fazer para acabar com eles estão matando a minha arvoár
ResponderExcluirBom dia amigo/a.
ExcluirInfelizmente não vou poder ajudar, pois não domino o assunto.
Procure alguma escola, agrônomo...
pega eles e leva os cestinhos e solta em uma floresta afastado da cidade! eles ficam dentro do cestinho e da para tranportar com cuidado.
ExcluirAcabei de encontrar um desses nas minhas plantas não sabia o que era tentei puxar não saia logo observei que estava em um local e depois em outro eu e minha esposa ficamos intrigados, fui pesquisar e descobri o tal bicho do cesto, estava comendo as folhas e eu nem sabia o que era. Muito interessante esse bichinho mas já mandei pro jardim do vizinho.
ResponderExcluirTa certo!
ExcluirEncontrei vários aqui no meu quintal, pensei que eram borboletas mas notei que o casulo é diferente.
ResponderExcluirEm meu quintal tem na romanzeira, apareceu bem pequeno, hj está grande, mudou de lugar algumas vezes... Porém parou de se movimentar a uns 12 dias. Está fechado dentro do casulo.
ResponderExcluirPelo que li, é fêmea, e não vira borboleta. Vou mandar pra roça.
Também apareceu na minha casa. Achamos muito interessante e o deixamos pra ver o que acontecia. Um ano depois, apareceu um fio saindo do casulo. Hoje, todas as minha plantas estão infestadas.
ResponderExcluirOi! acabei de perceber que minhas plantas também estão infestadas com isso... O que você fez?
ExcluirNatalia.
ExcluirBoa noite.
Leia o texto.
Veja os comentários das pessoas.
Eu apenas escrevi sobre, para educação ambiental, conhecimento, mas tinha somente este no meu jardim, da minha casa. Não me trouxe problemas.
Aqui em casa já têm uns 6 na goiabeira , no pé de acerola e na romã ...
ResponderExcluirOlá, Ademir. Nesse ano, encontramos esse bichinho em uma de nossas árvores e desde então nós vemos ele diariamente, comendo, se mexendo e etc. Já faz um tempo de que ele se mexe, mas há características de fêmea como mencionado aqui. Estamos pensando se ele morreu ou estará em metarmofose, o que acha?
ResponderExcluirAmigo(a) Não domino este assunto. Mas leia o texto inteiro, também leia os comentários, talvez esclareçam suas dúvidas.
ExcluirAbraço
Esse filho de uma mãezinha está acabando com o ciprestre aqui de casa. Começou comendo o vaso de gerânio, daí passou prós Pinheiros e está se alastrando. O jeito que encontramos foi a catação manual, enchemos um balde e tacamos fogo. O problema é que as filhotas são difíceis de enxergar. Não acho legal matar. Mas é que já virou uma praga.
ResponderExcluirOlá Bruna, não seria melhor transportá-las para outro lugar que tenha muita vegetação? Tocar fogo nelas é algo terrível, imagine se tivéssemos q tocar fogo em tudo q se prolifera sem controle? Nós seres humanos seríamos inclusos na grande fogueira. Peça ajuda de algum amigo para transportá-las veja outras alternativas. Boa sorte!
ExcluirBom dia Ademir, tenho um pinheiro em casa há mais de 5 anos, deve ter uns 6 metros hj. Coincidência ou não há um mês apareceram vários bichos do cesto nele, aproximadamente 30, e o pinheiro está morrendo. Será que pode ser os bichos?!?
ResponderExcluirA mesma coisa está ocorrendo no meu pinheiro... Eles estão matando o pinheiro que já tem mais de cinco metros de altura... Já passaram para as paredes, para as outras plantas... Uma praga! Quem serão seus predadores???
ResponderExcluirBom dia. Leia a matéria inteira, os comentários, pode ser que tenha alguma informação a mais.
ResponderExcluirVão caçar o que fazer
ResponderExcluirAchei um squi em casa bonitinho mas agora lendo os comentarios vou descarta esse casulo do meu jardim antes q seja tarde de mais.kkk
ResponderExcluirObrigada por compartilhar o conhecimento!! Estou acompanhando uma que está no casulo faz tempo, pelo que li acima acho que é uma fêmea.
ResponderExcluirQuando a minha Kirbyzinha apareceu aqui em casa, eu sem saber o que era, joguei no lixo, achando que fosse só uma "sujeira" das árvores. Dois dias depois, ela apareceu na porta da minha cozinha, com metade do corpo para fora, e seu cesto todo grudado com lixo, ela havia rasgado o saco de lixo, que já estava na lixeira, e voltou por baixo do portão, do vidro da porta eu a ví, parecia que discutia comigo... "você me jogou fora, mulher! tá doida?"
ResponderExcluirDesde esse dia, ela se tornou minha amiga, ela comeu quase metade de duas das minhas árvores... e no frio extremo eu adaptei uma casinha e uma lâmpada, para ela não congelar, todos os dias antes de ir trabalhar, eu tirava ela da casinha, colocava perto da árvore e ela subia, fiz mil vídeos e fotos dela... eu servia uma gota de água numa folha todos os dias, ficava horas alí observando ela, sei que é "ela", pois esse blog abençoado me ajudou muito.
Ela ficou comigo do dia 25/01/24 até 04/06... ela passou o meu aniversário enfeitando minha árvore bem cedo, quando abri a janela, já fui ver ela "mastigar". Hoje eu cheguei do trabalho, e ela estava imóvel, com parte do corpinho fora do cesto, encostei até o dedo nela, e ela não se movia. Acho que ela se foi, mesmo assim, deixei ela aqui, na árvore que ela tanto gostava, coloquei com cuidado ela para dentro do cesto, a deixei lá... sei que é a natureza, mas escreví isso chorando. A existência dela me deixou ainda mais maravilhada, a estadia dela aqui em casa foi inusitada e inesquecível.
Obrigada por esse espaço incrível, que tanto me ajudou.
Beatriz.
Bom dia Beatriz. Obrigado pelas suas palavras. Aproveito para parabeniza-la, pela sua atitude. Seu amor pela Natureza. Nota-se que tem muita bondade. Bom dia
ExcluirBeatriz, criei um Canal no Youtube. Siga lá. https://www.youtube.com/channel/UCjVga-FabaJ7jdarvVPWWig
ExcluirObrigada... vou seguir seu canal sim. Eu fico aqui, esperando... que a natureza me presenteie novamente, com outra criaturinha.
Excluirhttps://www.youtube.com/channel/UCjVga-FabaJ7jdarvVPWWig
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