Heliothryx auritus
Gmelin, 1788
Gênero HELIOTHRYX Boie
Outros nomes populares: Beija-flor-verde-branco-bico-de-sabre, beija-flor-verde-branco-de-orelha-preta, beija-flor-fada.
Distribuição geográfica: Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador,Peru e Brasil Amazônico, nas margens do Solimões e Amazonas, incluindo boliviana amazônica.
Caracteristicas: Comprimento 105 mm. Asa 61. Cauda 48. Bico 20. Fêmea: Comprimento 120. Peso 6,3 g. temp. 42ºC. Peso e medida dos ovos:0,60. 15 X 9,6. Fêmea bem diferenciada.
Habitat: Floresta amazônica, visitando as abertas limítrofes e scrubs
Migração: Pequena migratória
Descrição: Lado dorsal verde-ouro brilhante, no vértice e lados da garganta a partir da base da mandíbula; loros e coberteiras da orelha, negro com mácula pós-auricular azul brilhante. Lado ventral e retrizes branco-puro, exceto o par central e subcentral negras; bico negro em forma de sabre. Fêmea, com verde-cintilante dos lado da garganta, sem azul pós auricular, tendo manchas pequenas escuras na garganta e peito; cauda mais longa, tendo as retrizes centrais com 74 mm; retrizes laterais, com barra preta transversal perto da base. Macho jovens, semelhantes às fêmeas.
Biótopos para nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.
O ninho é fixado em ramo horizontal a uma altura do solo que varia de 3 a 30 metros de altura, em árvores, e muito difícil de ser encontrado, salvo quando se acompanha a fêmea em busca de material, constituído de painas de bombacáceas, bromeliáceas, Typhaceal. A incubação se faz em 15 dias e os jovens deixam o ninho com 22 dias de idade. A parada nupcial tem seu apogeu na fase de exibição da plumagem, pois os tufos do pescoço são colocados para a frente, enquanto a cauda aberta durante o voo de libração diante da fêmea é enriquecido com seu canto monossilábico e repetido continuamente, dizendo trix, trix, trix, trix, subindo e descendo em voo, para depois seguirem ambos em ascensão até 20 metros ou mais de altura, para retornarem ao local onde a fêmea faz o pouso e o macho continua suas exibições. O banho é sempre tomado em poça de remanso de em córrego ou rio, como outros o fazem sobrevoando o local exato para o mergulho, seguindo ao pouso para higiene da plumagem. É espécie muito belicosa, não havendo nunca dois machos numa mesma árvore para alimentar-se sem que haja luta. O banho de sol, o descanso e o dormir são idênticos aos demais beija-flores de porte regular e grande. As flores preferidas são das famílias: bromeliáceas, voquisiáceas, passifloráceas, leguminosas, bignoniáceas, rutáceas e outras. O reconhecimento em seu habitat é facilitado pelo voo de libração, pelo canto e pelo abrir e fechar constante da cauda.
Reconhecimento em seu habitat: Quando pousado em seu habitat e que é percebido, logo inicia seu piado tliiii, tliiii, tliiii, tliiii, e sua cauda faz um movimento rápido para frente e para traz, repetido por muitas vezes; seu bico longo e reto e sua cor bem distinta o caracteriza; a fêmea é do mesmo aspecto, com mesmo canto e também faz movimentos de cauda, porém tem coloração esbranquiçada, no peito e abdômen, sem iridescência alguma ventralmente, sempre é acinzentada.
Observações: É espécie belicosa entre indivíduos da mesma espécie, porém dócil para com as demais de sua área e território. As suas flores preferidas são as representantes das famílias: voquisiáceas, liliáceas, bignoniáceas, lorantáceas, leguminosas, Zingiberáceas, bromeliáceas, lobeliáceas, verbenáceas, acantáceas, canáceas, cactáceas, crassuláceas e euforbiáceas. Esta especie como todas desse gênero, possui uma particularidade que lhe é exclusiva, entre os demais representantes de toda a família Trochilidae; é relacionada com a muda, pois só as espécies desse gênero tem a fase neutra, na qual o macho adulto ao realizar a muda pós-nupcial perde a plumagem iridescente de todo o corpo, inclusive as máculas cefálica e gutural, e fica com a plumagem inteiramente como a da fêmea adulta; depois disso e fora da época da muda nupcial, veste-se novamente com a plumagem iridescente. Como os demais beija-flores cuja plumagem do macho é iridescente e também possui dimorfismo sexual bem diferenciado, na ocasião da muda, o que ocorre para todos os Troquilídeos, uma aves por ano, perdem a plumagem, mas a nova plumagem que a substitui é sempre iridescente igual a perdida. Seu reconhecimento no habitat é como a especie precedecente.
Citação; Aves do Brasil - Augusto Ruschi.
Familia Trochilidade
Subfamilia Trochilinae
Ordem Trochiliformes
Etimologia:
Heliothryx - do grego helios = sol + thrix = cabelo, pêlo.
aurita - do latim auritus = com orelhas (auris = orelha, ouvido).
Citação: Aves Brasileiras - Johan, Chrisitian Dalgas Frisch.
MACHO - ADULTO - VOANDO
Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria por Lindolfo Souto, feita em Serrinha do rio azeite, Itariri-SP, em 05.05.2012. É a foto mais bem avaliada da especie no WIKIAVES, com 2076 visualizações.
Observação do autor: Em homenagem aos amigos Almir Almeida e Flavio Guglielmino (grandes parceiros). Realmente Almir voce veio só pra fotografar esse bicho, e ele merece é muito lindo. Detalhe para a parte branca do rabo que parece se mover independente.
MACHO - ADULTO - POUSADO
Outra foto de Lindolfo Souto, feita no mesmo lugar da foto acima, só que em 20.04.2012, também é uma das mais bem avaliadas da especie no WIKIAVES.
FÊMEA - ADULTO - POUSADA -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Marco Barbosa, feita em Cachoeira Três Bacias, Itatiaia-RJ, em 06.06.2010.
FÊMEA - NINHO - FILHOTES
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Betoramos, feita na Cascata das Antas, Poços de Caldas-MG, em 06.01.2009. Vejam a beleza deste ninho, é uma obra de arte, e Cascata das Antas é um lugar lindo.
FÊMEA - VOANDO -ALIMENTANDO
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Marco Guedes, feita na trilha da Mata, Pacaraima-RR, em 18.11.2012. Linda foto a ave se mostrou toda e sua beleza ficou a mostra, deslumbrante.
BEIJA-FLORES DO BRASIL - NÚMERO 15
BEIJA-FLORES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 9
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