segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Garça-moura


A garça-moura é uma ave pelecaniforme da família Ardeidae.

Conhecida também como maguari, socó-de-penacho, baguari (Pantanal), mauari (Amazônia), garça-parda (Rio Grande do Sul), socó-grande, garça-morena e joão-grande.

Nome Científico
Seu nome científico significa: do (latim) ardea = garça; e do (tupi) cocoi = nome ameríndio para esta garça. ⇒ Garça cocoi.

Características
A maior das garças do Brasil, com envergadura de 1,80 m. Vive solitária fora do período reprodutivo, quando reúne-se nos ninhais; no entanto, mesmo nesse período, a maioria mantém-se isolada durante deslocamentos para alimentação. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. Sua voz é um fortíssimo “rrab (rrab rrab)”, baixo e profundo.

Mede 95-127 cm; peso de 1900–2100 g; envergadura de 1,80 m. Capuz preto, se estendendo até abaixo dos olhos e continuando com longas plumas de crista, também pretas. Partes posteriores e coberteiras das asas cinzas; face superior das rêmiges pretas; com a região dos ombros preta visível em repouso; pescoço branco com listras pretas verticais anteriormente; partes inferiores brancas, exceto a barriga que é preta; coxas brancas. Olhos geralmente amarelos, com lores azuis; bico amarelo opaco, ligeiramente mais pálido abaixo e com base enegrecida; pernas e pés pretos. A plumagem de reprodução é muito semelhante à do restante do ano, distinguindo-se pelo pequeno tufo de penas brancas na base do pescoço, o maior contraste do branco do pescoço com o dorso acinzentado e os lados escuros do ventre. A listra negra da parte inferior do pescoço destaca-se mais nesse período, bem como o negro do alto da cabeça. Ao redor dos olhos aumenta a coloração azulada e o bico fica mais amarelo. Quando saem do ninhal, as aves juvenis possuem a mesma coloração geral dos adultos, embora com menor contraste e sem a listra negra do pescoço ou os lados negros do ventre.
Subespécies

Não possui subespécies.


Alimentação
Costuma ficar pousada nas margens dos rios e riachos, em meio à vegetação, pescando peixes, sapos, rãs, pererecas, caranguejos, moluscos e pequenos répteis.
Captura presas de lugares mais fundos, os quais outras garças não conseguem alcançar. Geralmente solitário e territorial, mas ocasionalmente se alimenta em grandes grupos, incluindo outras espécies, quando a quantidade de presa é abundante, principalmente na época da seca.
Reprodução

Longo período de nidificação (janeiro a outubro), desde o meio da estação de cheia até a baixa das águas. Ocupa os grandes ninhais coletivos. As colônias podem ter até 400 a 600 casais e ser compartilhada com outras espécies. Seus ninhos, geralmente estão na parte superior e externa das árvores mais altas, com 25 a 30 metros de altura. No entanto, às vezes priorizam arbustos, áreas de junco e até cactos. O ninho é feito de juncos e galhos secos, ligados por lâminas de grama, tem a forma circular e levam em torno de 7 dias para ser construído. A fêmea põe 2 a 5 ovos azul-celeste (mais pálidos). Geralmente nascem 3 ou 4 filhotes por ninhada, a qual é chocada e cuidada pelo casal, com um período de incubação de 25 a 29 dias. O pintinho é felpudo e branco acinzentado.
Hábitos

Habita beiras de lagos de água doce, rios, pequenos riachos, estuários, manguezais pântanos e alagados. Normalmente é solitária e desconfiada, exceto no período reprodutivo. Vive solitária fora do período reprodutivo, quando reúne nos ninhais; no entanto, mesmo nesse período, a maioria mantém-se isolada durante deslocamentos para alimentação. Gosta particularmente de passear em águas rasas e subir nos blocos de pedra que pontilham as correntes dos rios. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. É a garça mais comum e fácil de ver, pois se alimenta a céu aberto e ocupa uma grande variedade de habitats onde há água.

Voz: emite “croaks” altos e duros; seu principal grito, muito característico, é um “rraahb, rraabb”. O restante do repertório não é amplamente conhecido e requer mais informações.
Distribuição Geográfica

R (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos). Maior representante da família no Brasil, está presente em todo o País, podendo ser encontrada também do Panamá ao Chile e Argentina, e nas Ilhas Malvinas.
Referências

* SESC - Guia de Aves do Pantanal - disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/8.htm Acesso em 04 mai. 2009.
Brasil 500 Pássaros - disponível em http://www.eln.gov.br/opencms/opencms/publicacoes/Pass500/BIRDS/index.htm . Acesso em 03 mai 2017.
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.
SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.
Sick, Helmut. Ornitologia Brasileira, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
Citação: WikiAves.


AVES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 49


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