quarta-feira, 19 de julho de 2023

Ingá

 Inga vera Willd. subsp. affinis  (DC.) T.D. Penn.

Família Leguminosae-Mimosoideae (Mimosaceae)

Nomes populares - ingá-do-brejo, ingá-de-quatro-quinas, ingazeiro, ingá-banana, ingá, angá

Características morfológicas - Altura de 5-10, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas compostas paripinadas de raque aladas, com 4-5 jugas; folíolos herbáceos, pubescência restritas às nervuras,  superfície inferior de cor mais clara, com 4-14 cm de comprimento por 1-4cm de largura. Fruto vagem cilíndrica, com sementes envoltas por polpa carnosa.

Ocorrência - São Paulo até Rio Grande do Sul, principalmente na floresta pluvial atlântica.

Madeira -  Moderadamente pesada (densidade 0,58 g/cm³), pouco resistente, de baixa durabilidade natural.

Utilidade - A madeira é empregada para caixotaria , obras interna, confecção de brinquedos, lápis, etc. As flores são melíferas. Produz anualmente grande quantidade de frutos comestíveis e também muito procurados por animais. Como planta pioneira adaptada a solos úmidos, é ótima para plantios mistos em áreas ciliares degradadas. Pode ser usada no paisagismo, uma vez que cresce também em terrenos enxutos.

Informações ecológicas - Planta semidecidua, heliófita, pioneira, seletiva higrófita, características das planícies aluviais e beira de rios da floresta pluvial atlântica, ocorre também na floresta latifoliada porém exclusivamente em beira de rios. Apresenta nítida preferencia por solos bastante úmidos e até brejosos, ocorrendo quase que exclusivamente em formações secundárias (capoeiras e capoeirões).

Fenologia - Floresce durante os meses de agosto-novembro. A maturação dos frutos verifica-se nos meses de dezembro-fevereiro.

Obtenção de sementes - Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Em seguida abrir manualmente as vagens para a retirada das sementes; estas estão envoltas por um arilo mucilaginoso que não deve ser removido. Um kg de sementes assim preparadas contém cerca de 760 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é de apenas 15 dias.

Produção de mudas - Colocar as sementes para germinar, imediatamente após a colheita e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato argiloso. A emergência ocorre em 3-5 dias e a germinação é total. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando atingirem 4-6- cm. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio no local definitivo em 3-4 meses. Seu desenvolvimento é rápido.

Citação: Árvores Brasileiras - Harri Lorenzi - Volume 1


ÁRVORES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 72

FRUTOS DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 23

PLANTAS APÍCOLAS DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 23

JARDIM DOS BEIJA-FLORES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 39


NOTA DO BLOG

Este e outros exemplares eu introduzi quando fiz o projeto paisagístico do Parque Ambiental, porém o ingá ocorre , nativo, nas margens do nosso Rio da Onça. Tenho recordação na minha infância nadando no rio, e degustando seus frutos.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Hérbario das Árvores Brasileiras de Arceburgo-MG-Numero 11

 



 Espécie que introduzi em Arceburgo-MG, poderá ser vista na Arborização Urbana, Parque Ambiental. De linda florada.

Quando estive a frente da Secretaria de Meio Ambiente da minha querida cidade, criei um Herbário das Árvores de Arceburgo-MG.

Tinha este projeto vários propósitos. Educação ambiental. Inventário das árvores do município. As nativas e exóticas, e as que introduzi. Cada folha que coletei para faze-lo, foi uma alegria imensa. Deixamos vários projetos que servem para visitação e coleta de sementes.

Também será uma ferramenta para outras cidades.

Quem quiser ver a coletânea, pesquisar, encontra-se na minha residência. Será um prazer.

Educação Ambiental

terça-feira, 4 de julho de 2023

Pica-pau-de-topete-vermelho

Campephilus melanoleucos

36,5 cm

GENÊRO CAMPEPHILUS Inclui pica-paus grandes, vistosos, de crista longa e pontuda, que vivem principalmente em matas.

MACHO


Escasso, de ocorrência ampla em mata e capoeira no N de São Paulo e S de Minas Gerais. Até 900 m de altitude. Crista pontuda bem evidente. Olho amarelo, bico córneo escuro. Macho preto por cima, cabeça vermelha com mancha branca na base do bico e manchinha preta e branca nas coberteiras auriculares; uma linha branca estende pelos lados do pescoço e das costas quase convergindo num "V" no baixo do dorso. garganta e papo pretos; peito e barriga barrados de preto e pardo. Fêmea com preto na testa e parte frontal da crista e larga faixa branca através da face em continuidade à linha branca do pescoço. Compare com o pica-pau-de-cabeça-vermelha com padrões diferentes na cabeça em ambos os sexos e sem convergência das linha brancas do dorso (mas isto pode ser difícil de distinguir). Comportamento semelhante ao dessa espécie, mas é mais florestal que ela e pouco frequente em locais abertos. Em casal, as vezes em pequenos grupos, escala troncos e galhos mais grossos. As vezes permanece um longo tempo numa mesma árvore ou em galho seco, arrancando pedaços de cortiça e escavando fundo na madeira; em geral bem arisco. Tem tamborilar potente e de longo alcance, uma pancada muito forte seguida de vários golpes mais fracos (em geral  so se escutam os dois primeiros) Dá também varios chamados como um "ski-kikiki" anasalado e rápido e um "kirrr" descendente.

Citação: Aves do Brasil Mata Atlântica do Sudeste - John A.Gwynne, Robert S. Ridgely, Guy Tudor e Martha Argel.

FÊMEA

AVES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 88 

MACHO