Eupetomena macroura
Gênero EUPETOMENA Gould
Outros nomes populares: Tesourão, Rabo-de-tesoura
FÊMEA - NINHO - CHOCANDO -
Foto feita no Bosque dos Pássaros, pela minha filha Marília, a fêmea choca seus ovos na Eritrina Candelabro, local perfeito, ninho feito na planta que também lhe fornece alimento.
Defende sua área de alimentação, quase que o dia todo , como temos muitas plantas para Beija Flores em Arceburgo, as vezes tenho a sensação que eles vigiam todas as plantas que lhe fornecem alimento.
Os beija-flores são sem dúvida um dos grupos de aves mais típicos do continente americano, com suas cores iridescentes, rapidez descomunal, capacidade de pairar no ar e tamanho reduzido. O beija-flor-tesoura é talvez o integrante mais famoso desse grupo, ao menos no Brasil não amazônico, provavelmente pela sua abundância em locais urbanizados, pela beleza de sua coloração, pela tesoura facilmente reconhecível e principalmente pelos seu comportamento abusado, é um dos maiores e mais briguentos beija-flores. É também conhecido como beija-flor-rabo-de-tesoura e tesourão.
Apresenta 5 subespécies:
- Eupetomena macroura macroura (Gmelin, 1788).
- Eupetomena macroura boliviana (Zimmer, 1950).
- Eupetomena macroura cyanoviridis ( Grantsau, 1988 ).
- Eupetomena macroura hirundo ( Gould,1788 ).
- Eupetomena macroura simoni ( Hellmayr, 1929).NINHO - FILHOTES -Fiz esta foto aqui em Arceburgo-MG, em 21.04.2012, no Parque Ambiental. O ninho foi feito na Paineira-Vermelha-da-Índia,
Características
15 a 19 cm, sendo um dos maiores e mais briguentos beija-flores brasileiros, peso em torno de 9 gramas. Cabeça, pescoço e parte superior do tórax de um profundo azul violeta; resto da plumagem verde-escuro iridescente. Pequena mancha branca atrás dos olhos; rêmiges castanho-escuro; raques das primárias externas alargadas, embora sejam bem menos evidentes que as espécies do gênero Campylopterus; cauda azul-escuro; calções brancos; bico ligeiramente curvado para baixo e preto. Tem como característica principal a cauda longa e profundamente furcada que toma quase 2/3 do seu tamanho total. Esporadicamente apresenta as penas azuladas da fronte tingidas de branco, amarelo, ou de cores diversas, em virtude do acúmulo de pólen proveniente das flores que poliniza. A fêmea é igual ao macho, mas é um pouco menor e mais pálida. Imaturo é igual à fêmea, mas a cabeça é particularmente mais pálida e tingida de marrom.
- Ssp. macroura: As partes azuis são ultramarino e as partes verdes são profundas verde-garrafa.
- Ssp. bolivianus: Tem cabeça mais verde do que azul e as partes verdes são brilhantes.
- Ssp. cyanoviridis: As partes azuis são tingida de verde e as partes verdes, são verdes bronze douradas.
- Ssp. hirundo: O azul é opaco. A cauda é menos profundamente bifurcada.
- Ssp. Simoni: As partes azuis são azul royal escuras . As partes verdes são tingidas de azul.
Os beija-flores têm o metabolismo mais acelerado entre as aves. Podemos dizer que eles vivem em outro rítmo, pois tudo é acelerado. Quando em vôo podem bater as asas dezenas de vezes por segundo. O canto é muito agudo e rápido, parecendo um simples assovio para nossos ouvidos, mas quem estuda bioacústica sabe que quando a vocalização destas aves é analisada com cuidado em um sonograma esta mostra-se muito complexa e até melodiosa (para os ouvidos dos beija-flores).
Leucismo
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo : os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
AVE - POUSADA -
Fiz esta foto perto da mata ciliar do Rio da Onça, aqui em Arceburgo-MG, em em 27.11.2012.
Assim como outros beija-flores alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade em voos curtos. Tem um papel importante na polinização de muitas plantas
Reprodução
Na época do acasalamento, o macho faz a corte pairando em pleno voo em frente da fêmea empoleirada. Depois macho e fêmea realizam voos de zigue-zague, ocorrendo voos rasantes do macho sobre a fêmea. O macho separa-se da fêmea imediatamente após a cópula. Um macho pode acasalar com várias fêmeas e com toda a probabilidade, a fêmea também vai acasalar com vários machos. A fêmea é a responsável pela escolha do local e pela construção do ninho. O ninho, em forma de tigela, é assentado em um ramo mais ou menos horizontal ou numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais macias incluindo painas. Fragmentos de folhas, musgos e líquens, são aderidos extremamente com teias de aranha. Põe de dois a três ovos brancos e alongados nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 a 16 dias e são alimentados pela fêmea principalmente com insetos, enquanto o macho defende seu território e as flores com que e alimenta. Os filhotes deixam o ninho com 22 a 24 dias.
NINHO - OVOS -
Fiz esta foto aqui em Arceburgo-MG, no Parque Ambiental, em 12.09.2010. O ninho foi feita na árvore Piracanta, que tem espinhos, e protege o ninho de predadores
Hábitos
É frequentemente o beija-flor mais comum do Brasil centro-oriental. Vive em áreas semiabertas, bordas de florestas, capoeiras, parques e jardins, sendo comum até em grandes metrópoles. Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar, ou nas flores de seus jardins. É territorialista e extremamente agressivo, principalmente na época da reprodução, quando é capaz de atacar outros pássaros muito maiores e pequenos mamíferos. Em algumas épocas do ano quando há menos disponibilidade de néctar, adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra o cambacica. Ocorrem lutas ritualísticas intraespecíficas em voo em defesa do território.
Voz: “Tsak”forte; chilrear fraco entremeado de “tja-tja-tja”.
Distribuição Geográfica
R ( Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ). Ocorre das Guiana à Bolívia e Paraguai, todo o Brasil, exceto certas regiões da Amazônia.
- Ssp. macroura: Guianas e norte, centro e sudeste do Brasil ( Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná ) até o Paraguai.
- Ssp. boliviana: Nordeste da Bolívia ( Beni ).
- Ssp. cyanoviridis: Sudeste do Brasil na Serra do Mar, São Paulo.
- Ssp. hirundo: Leste do Peru ( Huiro ).
- Ssp. Simoni: Nordeste do Brasil ( Sul do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia ) até o centro de centro de Goiás e Minas Gerais.
Status de conservação: LC ( IUCN ); Appendix II ( CITES ).
Referências
- SANTIAGO, R. G. Beija-flor-tesoura ( Eupetonema macroura ) Guia Interativo de Aves Urbanas, 07 dec. 2006. Disponível em: <http://www.ib.unicamp.br/lte/giau/visualizarMaterial.php?idMaterial=377>. Acesso em: 19 feb. 2009.
- Escola de Ciência Biológica e História - Vitória/ES - Beija-flor-tesoura. Disponível emhttp://sistemas.vitoria.es.gov.br/ecbh/dtfauflo.cfm?dt=N&id=11. Acessado em 19 fev 2009.
- Sick, Helmut, Ornitologia Brasileira. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
- Sigrist, Tomas, Guia de Campo Avis Brasilis, Avifauna Brasileira. Editora Avisbrasilis, Vinhedo, São Paulo, 2009.
- Contribuição: Omar Ramos Borges.
CITAÇÃO: WIKIAVES
AVE - ALIMENTANDO -
Fiz esta foto no jardim da minha casa, aqui em Arceburgo-MG, em 11.12.2010
Etimologia:
Eupetomena - do grego eu = agulhão + petomenos = voando
macroura - do grego makros = longo, comprido + ouros = rabo, cauda.
Citação: Johan, Christian Dalgas Frisch.
Eupetomena macroura
FAMÍLIA TROCHILIDAE
SUBFAMÍLIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes
Eupetomena - do grego eu = agulhão + petomenos = voando; macroura - do grego makros = longo, comprido + ouros = rabo, cauda.
cit.,Dalgas , Aves Brasileiras.
A espécie é solitária.
Tem bastante agilidade no voo e é uma das poucas espécies que plana bastante e com frequência especialmente no momento da agressão em luta contra os invasores de sua área de alimentação.
O numero de batimentos cardíacos 1.100, quando em movimento, e até 30 por minuto, quando hibernado.
A sua alimentação constitui de 95% de néctar e 5% de insetos e outros invertebrados.
A parada nupcial que precede a construção do ninho, é repleta de mominentos e constitui 5 fases, como em todas espécies: 1. aproximação - 2. perseguição - 3. apresentação - 4. exibição de plumagem - 5. copula
cit. Ruschi, Beija-flores.
Beija-flores do Brasil - Numero 11
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