quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Beija-flor-tesoura

Eupetomena macroura

Gênero EUPETOMENA Gould

Outros nomes populares: Tesourão,  Rabo-de-tesoura

FÊMEA - NINHO - CHOCANDO -

Foto feita no Bosque dos Pássaros, pela minha filha Marília, a fêmea choca seus ovos na Eritrina Candelabro, local perfeito, ninho feito na planta que também lhe fornece alimento.
Defende sua área de alimentação, quase que o dia todo , como temos muitas plantas para Beija Flores em Arceburgo, as vezes tenho a sensação que eles vigiam todas as plantas que lhe fornecem alimento.

Os beija-flores são sem dúvida um dos grupos de aves mais típicos do continente americano, com suas cores iridescentes, rapidez descomunal, capacidade de pairar no ar e tamanho reduzido. O beija-flor-tesoura é talvez o integrante mais famoso desse grupo, ao menos no Brasil não amazônico, provavelmente pela sua abundância em locais urbanizados, pela beleza de sua coloração, pela tesoura facilmente reconhecível e principalmente pelos seu comportamento abusado, é um dos maiores e mais briguentos beija-flores. É também conhecido como beija-flor-rabo-de-tesoura e tesourão.
Apresenta 5 subespécies:
  • Eupetomena macroura macroura (Gmelin, 1788).
  • Eupetomena macroura boliviana (Zimmer, 1950).
  • Eupetomena macroura cyanoviridis ( Grantsau, 1988 ).
  • Eupetomena macroura hirundo ( Gould,1788 ).
  • Eupetomena macroura simoni ( Hellmayr, 1929).

    NINHO - FILHOTES -
    Fiz esta foto aqui em Arceburgo-MG, em 21.04.2012, no Parque Ambiental. O ninho foi feito na Paineira-Vermelha-da-Índia



Características

15 a 19 cm, sendo um dos maiores e mais briguentos beija-flores brasileiros, peso em torno de 9 gramas. Cabeça, pescoço e parte superior do tórax de um profundo azul violeta; resto da plumagem verde-escuro iridescente. Pequena mancha branca atrás dos olhos; rêmiges castanho-escuro; raques das primárias externas alargadas, embora sejam bem menos evidentes que as espécies do gênero Campylopterus; cauda azul-escuro; calções brancos; bico ligeiramente curvado para baixo e preto. Tem como característica principal a cauda longa e profundamente furcada que toma quase 2/3 do seu tamanho total. Esporadicamente apresenta as penas azuladas da fronte tingidas de branco, amarelo, ou de cores diversas, em virtude do acúmulo de pólen proveniente das flores que poliniza. A fêmea é igual ao macho, mas é um pouco menor e mais pálida. Imaturo é igual à fêmea, mas a cabeça é particularmente mais pálida e tingida de marrom.
  • Ssp. macroura: As partes azuis são ultramarino e as partes verdes são profundas verde-garrafa.
  • Ssp. bolivianus: Tem cabeça mais verde do que azul e as partes verdes são brilhantes.
  • Ssp. cyanoviridis: As partes azuis são tingida de verde e as partes verdes, são verdes bronze douradas.
  • Ssp. hirundo: O azul é opaco. A cauda é menos profundamente bifurcada.
  • Ssp. Simoni: As partes azuis são azul royal escuras . As partes verdes são tingidas de azul.
Os beija-flores têm o metabolismo mais acelerado entre as aves. Podemos dizer que eles vivem em outro rítmo, pois tudo é acelerado. Quando em vôo podem bater as asas dezenas de vezes por segundo. O canto é muito agudo e rápido, parecendo um simples assovio para nossos ouvidos, mas quem estuda bioacústica sabe que quando a vocalização destas aves é analisada com cuidado em um sonograma esta mostra-se muito complexa e até melodiosa (para os ouvidos dos beija-flores).




Leucismo
O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.
O leucismo é diferente do albinismo : os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.
O oposto do leucismo é o melanismo.
AVE - POUSADA -
Fiz esta foto perto da mata ciliar do Rio da Onça, aqui em Arceburgo-MG, em em 27.11.2012.
Assim como outros beija-flores alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade em voos curtos. Tem um papel importante na polinização de muitas plantas




Reprodução

Na época do acasalamento, o macho faz a corte pairando em pleno voo em frente da fêmea empoleirada. Depois macho e fêmea realizam voos de zigue-zague, ocorrendo voos rasantes do macho sobre a fêmea. O macho separa-se da fêmea imediatamente após a cópula. Um macho pode acasalar com várias fêmeas e com toda a probabilidade, a fêmea também vai acasalar com vários machos. A fêmea é a responsável pela escolha do local e pela construção do ninho. O ninho, em forma de tigela, é assentado em um ramo mais ou menos horizontal ou numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais macias incluindo painas. Fragmentos de folhas, musgos e líquens, são aderidos extremamente com teias de aranha. Põe de dois a três ovos brancos e alongados nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 a 16 dias e são alimentados pela fêmea principalmente com insetos, enquanto o macho defende seu território e as flores com que e alimenta. Os filhotes deixam o ninho com 22 a 24 dias.
NINHO - OVOS -
Fiz esta foto aqui em Arceburgo-MG, no Parque Ambiental, em 12.09.2010. O ninho foi feita na árvore Piracanta, que tem espinhos, e protege o ninho de predadores

Hábitos


É frequentemente o beija-flor mais comum do Brasil centro-oriental. Vive em áreas semiabertas, bordas de florestas, capoeiras, parques e jardins, sendo comum até em grandes metrópoles. Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar, ou nas flores de seus jardins. É territorialista e extremamente agressivo, principalmente na época da reprodução, quando é capaz de atacar outros pássaros muito maiores e pequenos mamíferos. Em algumas épocas do ano quando há menos disponibilidade de néctar, adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra o cambacica. Ocorrem lutas ritualísticas intraespecíficas em voo em defesa do território.
Voz: “Tsak”forte; chilrear fraco entremeado de “tja-tja-tja”.

Distribuição Geográfica

R ( Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ). Ocorre das Guiana à Bolívia e Paraguai, todo o Brasil, exceto certas regiões da Amazônia.
  • Ssp. macroura: Guianas e norte, centro e sudeste do Brasil ( Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná ) até o Paraguai.
  • Ssp. boliviana: Nordeste da Bolívia ( Beni ).
  • Ssp. cyanoviridis: Sudeste do Brasil na Serra do Mar, São Paulo.
  • Ssp. hirundo: Leste do Peru ( Huiro ).
  • Ssp. Simoni: Nordeste do Brasil ( Sul do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia ) até o centro de centro de Goiás e Minas Gerais.
Status de conservação: LC ( IUCN ); Appendix II ( CITES ).

Referências


CITAÇÃO: WIKIAVES

AVE - ALIMENTANDO -

Fiz esta foto no jardim da minha casa, aqui em Arceburgo-MG, em 11.12.2010

Etimologia:
Eupetomena - do grego eu = agulhão + petomenos = voando
macroura     -  do grego makros = longo, comprido + ouros = rabo, cauda.
Citação: Johan, Christian Dalgas Frisch.


 Eupetomena macroura

FAMÍLIA TROCHILIDAE
SUBFAMÍLIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes
Eupetomena - do grego eu = agulhão + petomenos = voando; macroura - do grego makros = longo, comprido + ouros =  rabo, cauda.
cit.,Dalgas , Aves Brasileiras.  

A espécie é solitária.
Tem bastante agilidade no voo e é uma das poucas espécies que plana bastante e com frequência especialmente no momento da agressão em luta contra os invasores de sua área de alimentação.
 O numero de batimentos cardíacos 1.100, quando em movimento, e até 30 por minuto, quando hibernado.
A sua alimentação constitui de 95% de néctar e 5% de insetos e outros invertebrados.
A parada nupcial que precede a construção do ninho, é repleta de mominentos e constitui 5 fases, como em todas espécies: 1. aproximação - 2. perseguição - 3. apresentação - 4. exibição de plumagem - 5. copula
cit. Ruschi, Beija-flores.

Beija-flores de Arceburgo - Número 3
Beija-flores do Brasil        -  Numero 11

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