sábado, 9 de agosto de 2014

Bicho-pau

Cladomorphus phyllunum Gray, 1835



Em visita ao meu caro amigo, João Angelo Cerignoni, na ESALQ/USP, na cidade de Piracicaba-SP, conheci o Bicho-pau. Lá se mantem uma criação para fins científicos, estudos, fiz fotos e achei interessante publicar. Bicho-pau,como o próprio nome diz, este amiguinho se confunde com o meio em que esta, em certos momentos parece ele ser um galhinho de um arbusto...muito interessante. É a mãe natureza se revelando de várias formas. É DEUS vivo em cada cantinho.


  1. Preferência Alimentar e Biologia Reprodutiva do Bicho-Pau Phibalosoma phyllinum Gray, 1835 (Phasmatodea, Phasmatidae) em Criações de Laboratório

 Obs. Onde se lia Phibalosoma phyllinum (Gray, 1835), Leia-se Cladomorphus phyllinum Gray, 1835 
Clado /galho morphus / forma; sai os parêntesis de Gray, 1835.

No Brasil e demais países do ocidente, as criações de insetos são práticas comuns para estudos entomológicos e para alimentação de animais. Pode constituir em atividade eficiente no aprendizado da ciência e no despertar da curiosidade científica. No entanto, em alguns países orientais criações de insetos também constituem em prática de lazer.
Os bichos pau, Phibalosoma phyllinum, são insetos da Ordem Phasmatodea, apresentam camuflagens e não são encontrados com facilidade em seus hospedeiros. Esta ordem apresenta em torno de 2.500 espécies conhecidas e todas se alimentam de folhas de vegetais. Dentre as espécies deste grupo, algumas parecem ter hábito alimentar monófago, enquanto outras se mostram polífagas, segundo testes de laboratório e de campo (BEDFORD, 1978 apud DORVAL, et al, 2003).

Segundo Buzzi (2002) esta ordem também recebe as designações de Phasmodea, Ambulatoria, Phasmoidea, Gressoria e Phasmida. A maior parte das espécies de Phasmida apresenta o corpo alongado e cilíndrico, com aspecto e coloração semelhantes a galhos secos (Phasmidae) e mais raras são aquelas que apresentam o corpo achatado, semelhante à folhas (Phylliidae). O exoesqueleto, de modo geral, apresenta projeções espinhosas e outras proeminências pelo corpo (RAMEL, 2005). Pernas do tipo ambulatória, geralmente, longo e relativamente delgado, prismáticas ou subcilíndricas, providas de dentes ou saliências foliáceas, que mais contribuem para aumentar a semelhança destes insetos com galhos (COSTA LIMA, 1938).
As fêmeas são geralmente maiores que os machos. Isso porque elas produzem os ovos que são relativamente grandes, com isso, necessita de um abdômen maior para abrigá-los. Nas espécies em que as fêmeas são ápteras, os ovos são lançados por meio de movimentos do abdome. Os machos são sempre alados.
Muitos fasmídeos mudam de cor com as mudanças na temperatura, umidade ou intensidade de luz. Glândulas de pigmento na epiderme
atuam a noite ou em dias mais frios, escurecendo a cutícula e absorvendo mais calor (GALLO et ali,1970)
O bicho-pau passa horas, completamente paralisado, pousado nos galhos das árvores. As pernas ficam esticadas, sendo as da frente encobrindo a cabeça e as antenas. É preciso ser observador atento para identificá-lo no meio dos galhos secos. Inseto inofensivo e de movimentos lentos e semelhantes a galhos ao vento, vale-se desta curiosa estratégia para se defender dos predadores. Seus possíveis predadores são pássaros e aranhas e é muito freqüente o parasitismo. As fases ativas são parasitadas principalmente por dípteros da família Tachinidae e os ovos por microhimenópteros (BUZZI, 2002). Talvez sejam os microimenópteros parasitos dos ovos que mais contribuam para reduzir consideravelmente a proliferação destes insetos (COSTA LIMA, 1938).
Sendo os Fasmídeos grandes devoradores de folhas, tornar-se-iam pragas se proliferassem em maior abundância. Raramente aparecem nas áreas cultivadas, encontrando-os em maior quantidade nas matas de vegetação densa e alta umidade.
Objetivou-se estudar a preferência alimentar e comportamento reprodutivo do bicho-pau (Phibalosoma phyllinum) em criações de laboratório e, assim fornecer mais informações para divulgar criações desse inseto, como prática de ensino e despertar da curiosidade científica.

Classe: Insecta



Ordem: Phasmatodea

Família: Phasmidae

Nome popular: Bicho-pau

Nome em inglês: Stick insect

Nome científico: Phibalosoma phyllinum

Distribuição geográfica: Leste e norte da América do sul

Habitat: Florestas tropicais, entre a folhagem.

Hábitos alimentares: Herbívoro

Reprodução: Ovípara. Os ovos são arremessados pela mãe a grandes distâncias na ocasião da postura para que os filhotes se distribuam em áreas maiores e distantes da mãe.

Período de vida: entre 18 (machos) e 30 meses (fêmeas).


A Principio devemos saber separar um bicho pau de uma taquarinha, pois é muito comum observar as diferenças já que um pertence á ordem Phasmatodea e possui cabeça redonda e não pode saltar, enquanto taquarinhas são Orthopteros e possuem protuberâncias na cabeça e como todos os representantes da ordem, possuem pernas saltatórias,(que saltam) portanto pulam alto.
Colaboração do amigo
João Angelo Cerignoni, LEA-Departamento de Entomologia 
Técnico de Laboratório - Entomologia Florestal e Controle Biológico.
http://borboletasbr.blogspot.com.br/
ESALQ/USP/PIRACICABA 


BICHOS - NUMERO 10

4 comentários:

  1. Aqui DEUS nos demonstra através de ramos ou galinhos de uma determinada planta, que mesmo seca, há vida.
    Que lindo os mistério que ele criou ( ◠ ‿ ◠)✿


    Ademir que você tenha uma ótima semana.
    Bom dia!!!

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  2. Ademir ganhamos ovos de bicho-pau para nosso laboratorio de ciencas de uma escola municipal e so hoje percebi que romperam do ovo (5) e agora para mante-los na "gaiola" so com folhas ou precisa de algo liquido? Podem viver nesse ambiente? Terao probemas com o ar cndicionado? Por favor me oriente. Obrigada.

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    1. Denise, entre em contato com o João Angelo Cerignoni, na ESALQ/USP, na cidade de Piracicaba-SP,, ele ou algum aluno de lá te orientarão melhor que eu. Pois, esta postagem foi feita com foto
      s/informação deles.

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