segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Chuva de pedra em Guaxupé-MG - 1975 -

História

Agora neste mês de novembro, há exatos 39 anos atrás, ocorreu na cidade vizinha de Guaxupé-MG, uma chuva de pedra, que marcou, pela sua magnitude.



Olhar Gxp

Em Guaxupé, quem não se lembra da ‘chuva de pedra’ não tinha nascido. Em tempos de tragédias e catástrofes ‘naturais’, que inaceitavelmente incorporaram-se no nosso cotidiano, vale a pena relembrar o maior fenômeno que a natureza produziu exclusivamente sobre nossa Terrinha durante seu primeiro século de existência.

Coisa igual pode ter acontecido em outros cantos, em outros dias, em outras horas, mas no dia 1º de novembro de 1975, seguramente, em todo o planeta, aquilo só aconteceu em Guaxupé. E o temporal de granizo ficou pra sempre apelidado mineiramente de ‘chuva de pedra’.

A tarde sobre Guaxupé de repente ficou preta. Dizem que quem vinha pela estrada de Guaranésia, parou, impressionado, esperando cair o mundo sobre a cidade. Releve-se que na estrada estava claro, o monstro estava só em cima da cidade mesmo. E caiu, como se fosse o fim, num estrondo de quilos e mais quilos de pedras.


Mas parou poucos minutos depois, suficientes para deixar a população muito assustada e boquiaberta pelo que via. E, como a quantidade de pedras de gelo em cada residência era sem precedentes, ‘como será que estaria a Avenida?’, pensaram todos juntos.

E não deu outra, baixou todo mundo na Conde Ribeiro do Valle, na Estação e na rua do Buracão, principalmente, e o que se encontrou foi isto que as fotos registram e que está hoje na internet pra mineirada não se passar mais por mentirosa. Quando se falam que as pedras quase cobriram um fusca, veja na foto.


Caminhões da Prefeitura ficaram pelo menos três dias tirando gelo da cidade. Pra se ter uma ideia da dimensão que o fenômeno na época tomou, veja só: o então aspirante a estudante de jornalismo, Luiz Antônio Prósperi, o Gordo, enviou fotos ao O Estado de São Paulo (por coincidência jornal em que hoje virou ‘chefão’ de esportes). A ‘chuva de pedra’ de Guaxupé foi nada mais nada menos que a foto principal da edição do dia seguinte do Estadão. Mas há tantas e tantas histórias que muita gente pode contar.


Dizer que não houve nada de prejuízo humano e material é exagero, pois em algumas casas muros caíram, água entrou e houve sim transtornos. Mas nada de tão grave. E teve também naturalmente o medo que todos sentiram achando que fosse o fim dos tempos.

Mas passado o susto e vendo o que acontece hoje principalmente em muitas cidades da nossa Minas Gerais, é de se erguer as mãos e agradecer por termos como registro na história que nossa maior “tragédia” com fenômenos naturais virou um fato pitoresco, que a gente até sente saudade.

NOTA DO BLOG: Se você é de Guaxupé-MG, e tem alguma outra informação ou foto, com outros dados, favor enviar-me. Para resgate da História.


Comentários
  1. Parabéns Gxp por essa matéria , olhando para essas fotos me recordei como se fosse hoje desse dia , nesse dia a cidade inteira sentiu muito medo ,nunca haviamos vivido nada igual ,lembro me bem que morava na rua dona mariana nesse época e quando passou a tempestade meus irmão mais velhos foram correndo em casa pra ver se minha mãe eu e meus dois irmãos menores estavamos bem ,tiveram medo que a casa tivesse caido tamanho foi o temporal . Depois do medo ,todos desceram pra avenida conde ribeiro do valle para apreciar tanto gelo . Em frente a padaria são judas foi onde as pessoas mais se ajuntaram para ver tão grande fenomeno da natureza .Nossa voltei no tempo ao ver essas fotos agora ,concordo com O Luiz Henrique que se deve fazer mais matérias como essas .com fotos antigas contando nossa história . Foi muito bom rever tudo isso .



  1. Sergio Pasqua09/01/2012 14:45
    A autoria das fotos é de Adhemar Vinícius Pasqua (Foto Pasqua) .
  1. Alberto José Gonçalves12/01/2012 11:57
    Neste ano mudei de Guaxupé para Araxá, onde moro até hoje. Voltei para passar o Dia de Finados dia 01/nov/1975, quando aconteceu este fenômeno, que foi inesquecível. Tirei inúmeras fotos, que guardo até hoje. Várias delas, utilizamos roupas de frio – apezar do forte calor – para simular que era neve! Ótima matéria, parabens.
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