domingo, 22 de maio de 2016

Beija-flor-rajado

Ramphodom naevius

ALIMENTANDO - ACROBACIA - MALABARISMO -


Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria por Roberto Gallacci, feita em Ubatuba-SP, em 01.11.2009.

Genêro RAMPHODON Lesson

Outros nomes populares: Balança-rabo-rajado, Besourão e Beija-flor-grande-do-mato.

Distribuição geográfica  Desde o extremo-sul do Espirito Santo até o Rio Grande do Sul.

Características: Medidas: Comprimento 160 mm. Asa 70. Cauda 56. Bico 36. Peso 9,3 g. Vibração de asa 29 p.s. Peso e medidas dos ovos: 0,85 g. 18 x 10. Temperatura 42°C. Sexos iguais.

Habitat: Vive na Província Tupi na mata, próximo aos rios e córregos  desde 30 até 400 metros de altitude.

Migração: É especie de pequeno-migratória.

Descrição: Macho: lado dorsal, bronze-avermelhado, penas estriadas com escamas enegrecidas,  com a cabeça mais escura; supracaudais com a faixa terminal canela, mais larga; linha pós-ocular negra e superciliar longa amarelada. Parte ventral: mento com penas negras de bordos claro-amarelados; que descem em linha até o peito; lado do pescoço canela-claro; peito e barriga pretos com margem das penas brancas, sendo amareladas na parte inferior;  infracaudais canela-claro com faixa enegrecida em disco, ou alongada, as maiores indo até a metade do comprimento das retrizes externas, retrizes medianas e sumedianas bronze-violáve, as submedianas com pequeno ponto no ápice esbranquiçado, as demais com grande parte da base negro-aço e o restante para ápice canela-claro, sendo esta faixa mais longa pela parte externa. Bico quase reto, maxila negra nos machos  muito adultos, as vezes com gancho; mandíbula amarela com extremidade negra. Fêmea de coloração semelhante ao macho, pouco menor, tendo muito menor a faixa negra do mento, que raramente se liga até o peito.

Biótopos para nidificação, banho, canto, descanso, parada nupcial e dormir.
O local preferido para nidificação é na mata virgem e o ninho sempre suspenso na ponta da pínula das palmeiras. Muitas especies de palmeiras são usadas entre as quais destaco as especies dos gêneros Astrocaryum,  conhecidas por Tucum, Desmonchus, Euterpe e Attalea, em altura que varia de 2 a mais de 10 metros. Sempre fica na página inferior, para ficar abrigado da chuva, pois assim o vento não lhe acarreta danos. A cauda pendente da base do ninho serve justamente para dar-lhe equilíbrio e assim não ocorrer a queda dos ovos.
É confeccionado de fibras tirada da pínula da folha das palmeiras e de crinas de outras plantas e mesmo de animais e ainda de felicíneas  deixando que perceba a postura, através do trançado das mesmas. Também tem preferência em edificar o ninho nas folhas de palmeiras que ficam pendentes sobre os rios ou córregos.O período de incubação é de 16 dias. Os jovens deixam o ninho com 23 dias. O ninho tem as seguintes dimensões: alt. externa até 20 cm. A.I. 3,5 cm. D.I 3,5 cm. D.E. 4 cm. A posição da fêmea no ninho é a mesma mantida para as demais espécies de beija-flores do primeiro e segundo tipos de classificação de ninhos de A. Ruschi, conforme ilustração na parte de ninhos, e criação em cativeiro. O banho é sempre tomado na água límpida do córrego ou rio, sobrevoando o local, para assegurar que não há perigo etc., para após lançar-se à água e volver para um ponto apropriado para fazer a higiene de plumagem. O banho de sol´também é realizado em local onde a luz solar penetra filtrada em um ponto da floresta, durante seu pouso para descanso, sendo ai seu local preferido para vê-lo cantando. Seu canto é sem dúvida o mais alto de todas as especies do Brasil, pois são três assovios seguidos de intervalo de 1/2 segundo um para o outro, com uma silaba cada fi,fi,fi, e quando em voo, é um fraseado muito prolongado e rico de modulações, além de ser bastante alto e continuado. Seu sinal de alarme é muito forte e rapidíssimo, repetindo a mesma silaba mais de 5 vezes por segundo, que se estende por vários segundos, 10, 20 e mais, dizendo txé, txé, txé ,txé... A parada nupcial é rica de movimentos de voo e também de canto que o acompanha na exibição de plumagem. O macho abre a cauda em voo, rodeando a fêmea, parando em seguida para exibir, em seu paroxismo, a estria do mento e garganta, enegrecida bem eriçada para a frente  e assim vai chilreando, até a conquista final, precedida desse voo de liberação frente à eleita. também durante o descanso, em pouso, costuma ficar balançando a a cauda, como o fazem outras especies também dos gêneros Glaucis Phaethornis, Threnetes e Eutoxeres. É especie muito belicosa e muito agressiva, principalmente para com indivíduos da mesma espécie. Nas proximidades do ninho a fêmea afugenta todo e qualquer pássaro que aproxime.

Reconhecimento  em seu habitat: É muio fácil reconhecer na mata onde habita quaisquer das espécies de Ramphodon, pois, se está descansando, seu canto de assovio se faz sentir, quebrando o silencio da mata e, se esta em movimento e perpassa sobrevoando o córrego ou rio, logo o seu canto de alarme se faz sentir.E, se o voo se faz em silencio e se estiver próximo a quem deseja reconhecer, o ruido de tonalidade grave é caracteristico. E, se percebe algum movimento, logo se lança em voo veloz, com seu canto de alarme. Também por ser o maior beija-flor da província Tupi, com coloração visivelmente diversa, com seu corpo marchetado de preto e branco com uma plumagem parecendo carijó-escuro, com o longo e grosso bico reto, trona-se facilmente reconhecido.

Observações: Na floresta visita constantemente, as flores de helicônias, de muitas bromeliáceas, de varias leguminosas do gênero ingá, e de muitas marantáceas, zingiberaceas e outras, podendo ser observados em laranjais e bandas flores destas plantas.
Citação - Aves do Brasil - Augusto Ruschi -


FAMILIA TROCHILIDAE
SUFAMILIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes

Etimologia:
Rampphadon - do grego rhamphos = bico + odous = dente (referencia à dentição, com recorte em forma de serrilhas, na mandíbula desta ave).
naevius - do latim naevius = manchado, rajado, maculado(naevus = pinta, ponto).
Citação - Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frish.


MACHO - ADULTO - PERFIL -

Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria, por Daniel Mello, feita no Vatinho da Titia, Paraty-RJ, em 07.11.2012.
Observação do autor: Nos bebedouros do restaurante Cantinho da Titia, na companhia do amigo Ricardo Augusto.



AVE - ADULTO - ALIMENTANDO -

Foto gentilmente cedida para esta matéria por, Julio C. Silveira, feito no Sitio do Jonas em Ubatuba-SP, em 2002.2012. É a terceira foto mais bem avaliada do WIKIAVES.
Observação do autor: Agradecimento especial ao Jonas, que sempre nos deixa muito à vontade para fotografar suas maravilhas aladas!

MACHO - ADULTO - FRENTE -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por, Vilde Florencio, feita em Joinville-SC, em 21.02.2013.
É uma das fotos mais bem avaliadas da especie no WIKIAVES.

AVE - ADULTO - BRIGANDO -
Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria por, Douglas Bete, feita na Pousada do Tatu, Iporanga-SP, em 27.12.2012.

É especie muito belicosa e muito agressiva, principalmente para com indivíduos da mesma espécie. 

FÊMEA - ADULTO - VOANDO -
Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria por, Reni Santos, feita na Estradinha lado Rio Nhundiaquara - Morretes/PR, em 09.05.2009.



FÊMEA - FILHOTE - NINHO -

Foto gentilmente cedida para esta matéria por, Sergio Gregorio, feita em porto de Cima, Morretes-PR, em 02.02.2011.

O local preferido para nidificação é na mata virgem e o ninho sempre suspenso na ponta da pínula das palmeiras. Muitas especies de palmeiras são usadas entre as quais destaco as especies dos gêneros Astrocaryum,  conhecidas por Tucum, Desmonchus, Euterpe e Attalea, em altura que varia de 2 a mais de 10 metros. 

BEIJA-FLORES DO BRASIL - NÚMERO 10

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