sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Chifre-de-ouro

Heliactin cornuta

Gênero HELIACTIN Boie

Distribuição geográficaBolívia, em S.Miguel. Brasil: Paraná, Mato Grosso, Rondônia, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Ceará, Alagoas, Paraíba  Rio Grande do norte, Sergipe e Distrito Federal.

Caracteristicas: Medidas: Comprimento 110 mm. Bico 13 mm. Asa 51. Cauda 57. Peso 1, 8 g. Vibrações de Asa 48 p.s. Dimensões e peso dos ovos: 11 x 8 mm. 0,29 g. Temperatura 41,5° C. Dimorfismo sexual bem diferenciado.

Habitat: Scrub, savana, grassland, da Província Central.

Migração: Grande migratória.

Descrição: Lado dorsal, fronte, vértice e coroa, azul-esverdeado iridescente, na altura dos olhos;  com topete partido em dois, como dois chifres, de coloração vermelho-dourado e azul, furta-cor; dorso verde-dourado claro, inclusive supracaudais; retrizes centrais verde-oliva escuro e enegrecidas na extremidade; as demais branco-acinzentado. Lado ventral; mento,  garganta e peito alto, com uma mácula negra cuneiforme, aveludada, que avança a té o final do peito; lados do pescoço e restante  do abdômen e barriga, branco-puro, inclusive infracaudais. Bico negro. Fêmea: lado dorsal, verde-cobreado claro e dourado brilhante. Lado ventral todo branco, tendo os flancos verde-cobre claro. Retrizes centrais longas como no macho. de cor verde azulada  com extremidade negra; as demais brancas com uma larga faixa transversal submediana negra e obliqua. 

Jovens como a fêmea, tendo mento e garganta com uma mácula arredondada de cor cinza-pardo.

FÊMEA/ADULTO - FILHOTE
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Sandro Barata, feita em Estação Ecológica de Águas Emendadas - Brasília-DF, em 06.06.2006

Observação do autor: Fêmea de Heliactin alimentando um jovem nos belos campos do cerrado de Brasília...

Biótopos na nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.
O ninho desta espécie é do terceiro tipo da classificação A.Ruschi, todo confeccionado de material macilento constituído de paina de Typha, bromeliáceas, cactáceas, bombacáceas, asclepiadáceas etc. construído em uma forquilha de uma herbácea ou pequeno arbusto, a cerca de um metro de altura do solo, em local aberto. Só a fêmea trabalha em sua construção, incubação e cuidados da prole. O período de incubação é de 13 dias e  os jovens deixam o ninho aos 20 dias de idade.

NINHO - FILHOTES
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Marcelo Barbosa, feita na Área Verde do prata, Palmas-TO, em 01.07.2008. Mostra a beleza do ninho e dos dois filhotes, empenados, prontos para deixarem o ninho.

 O banho é tomada em poças de água límpida e também em contato com folhas umedecidas pelo orvalho, chuva ou neblina; nesse caso em folhas de pequeno porte e os folíolos de muitas leguminosas etc. são preferidos. O descanso é feito em um pouso preferido, que conserva por muito tempo, pois todos os dias ali permanece, enquanto a área de limitação tem seu centro na área territorial  pelas suas proximidades, pois logo que a densidade de floração de outra espécie que lhe fornece o néctar esta desabrochada, consegue outro pouso preferencial para descanso. Nessas condições, fica por horas sem alçar voo, porém logo que deve partir para alimentar-se, faz o espreguiçar característico  baixando uma asa, e abrindo metade da cauda, depois a outra e então abrindo a outra metade da cauda, para após alçar as duas asas de uma vez, e então abrir em leque toda cauda seguindo o voo. Este é rápido, pois, sem dúvidas esta é a especie mais veloz de toda a família. Nossas ultimas observações a respeito confirmavam sua velocidade de 60 quilômetros horários. O canto é normalmente de piados baixinhos, e seu sinal de alerta e repetido e seguido it, it, it, it, it, it, quando em fuga lança um forte assovio tiôoooo, e, a toda velocidade, some campo afora. Para dormir, prefere o emaranhado dos scrubs e dos cerrados, bem abrigada entre a vegetação. A parada nupcial é bem notável, pois,  as fases de apresentação e exibição de plumagem que são as mais notáveis, tem características especiais; em voo de libração o macho se atém diante da fêmea e com a cauda aberta em leque a contorna em voo de 70° de circulo, repetindo por várias vezes, ao que se segue o suspender e abaixar em frente a fêmea. Essa, assustada, voa para outro ponto, sendo seguida muito de perto pelo macho que logo a força a parar, na extremidade de um ramo, o que o deixa pronto para recomeçar o bailado do galanteio. Então a exibição de plumagem começa. com a apresentação dos tufos laterais da cabeça, virando-os de cada lado várias vezes à medida que se aproxima da fêmea e apresenta seu colorido multiforme, que vai do amarelo-claro ao vermelho-fogo e ao escarlate e violeta, além da ereção da parte preta da gravata do peito, tudo num momento de paroxismo enriquecido com a cuada estendida em leque, mais parecendo um desfilar de jóias espetaculares em frente à sua eleita, que logo se dá por contente e se entrega.

MACHO - ADULTO -

Foto gentilmente cedida para esta matéria por , Victor Castro, feita em Itiquira-MT, em 01.02.2013. É a  5ª  foto mais bem avaliada , da espécie, no WIKIAVES.

Reconhecimento em seu habitat: Tanto a fêmea como o macho, possuem a cauda alongada, seu pequeno porte, sua velocidade inigualável entre os demais beija-flores, seu assovio muito alto, quando se apercebe que vem sendo seguidos por algo estranho, logo deixam-nos certos de sua presença. E o simples encontro visual dessa silhueta que traz uma figura esguia e com a cabeça tão ornamentada e o peito negro, nos faz de imediato reconhecer esta espécie.

Observações: É muito belicosa, apesar de seu pequeno porte. A região brasileira que é mais comum, é sem dúvida, no Cerrado de Mato grosso e Bolívia  mas também em Minas Gerais e no Nordeste do Brasil, encontrei-a com frequência. Entre as flores preferidas destaco Vochysia sp.Elicteris sp., várias labiadas, urticáceas, malváceas  entre as verbenáceas. Tenho que destacar a sua preferida do gênero Stachytarpheta e também lanta na camara. Ainda nos jardins e pomares em Goiás observei que visita com avidez  as flores de Citrus sp. e Malvaviscus penduliflorum. Apenas citei algumas das principais. Esta espécie chegou ao Estado do Espirito Santo, recentemente, vindo de Minas Gerais e Bahia. Isso ocorreu devido ao campos de pastagens e caatingas. Ela é espécie visitante e passa em migração pela região.
Citação: Aves do Brasil - Augusto Ruschi.

MACHO - ADULTO - PERFIL -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Sérgio Cedraz, feita no Enclave de cerrado, Camaçari-BA, em 17.03.2012. É a 6ª foto mais bem avaliada da espécie no WIKIAVES.
Observação do autor: Finalmente consegui ver e fotografar essa espécie. Agradecimento especial ao meu amigo e companheiro de passarinhada Edimar Barbosa por ter encontrado essa pequena jóia, agradeço também ao Ciro Albano e Pedro Lima pelas informações e orientações de localização.

FAMILIA TROCHILIDAE
SUFAMILIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes

Etimologia:
Heliactin - do grego helios = sol + aktis = raio de sol
cornuta  -  do latim cornutus = cornudo(cornu = corno)
Citação   -  Aves Brasileiras Johan, Christian Dalgas Frish.

FÊMEA - ADULTO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Bertrando Campos, feita na Pousada dos Anões, Alto Paraíso de Goias-GO, em 07.08.2010
Observação do autor: Em companhia dos amigos Rodrigo, Tancredo, Schubart, Rui, Roberto, guiados pela amiga Ana Rosa Cavalcante.
Acho esta foto linda, dá-se a impressão, que DEUS depois de ter criado esta ave, jogou um pó de ouro nela. Ademir Carosia.

MACHO - ADULTO - ALIMENTANDO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Douglas Fernando, feita as margens do Rio Grande, Ibiraci-MG, em 06.09.2010. está entre as fotos mais bem avaliadas do WIAVES da espécie.
Observação do autor: Esta ave me fascina !


Veja a cor da cabeça da ave, como é igual a cor da flor.
Ademir Carosia.

BEIJAS FLORES DO BRASIL - NUMERO 14

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