Florisuga mellivora Linnaeus, 1758
Gênero FLORISUGA
Outros nomes locais: Beija-flor-branco-e-azul e Beija-flor-branco.
Distribuição geográfica: América tropical cisandina, desde o sul do México até o leste do Peru, o norte da Bolívia e toda hiléia. No Brasil todos os estados abrangidos pela Amazônia.
Caracteristicas: Comprimento 110 mm. Asa 70. Cauda 38. Bico 20. Peso 6,5 g. Vibr. Asa 30 p.s. Peso e medida dos ovos: 0,57 g. 15,6 X 8,6. Femea muito diferente do macho.
Habitat: Floresta amazônica.
Migração: Pequena migratória.
Descrição: Cabeça azul; dorso verde, mácula branca na nuca; cauda branca, com estreita faixa preta terminal em todas as retrizes, com exceção do par central, que é verde azulado; bico preto; garganta azul, peito e flancos verdes, resto do abdômen branco puro, inclusive as infracaudais.
Fêmea dorsalmente verde; ventralmente verde enegrecido, pintado de branco; barriga no meio, branca.
Os jovens tem no dorso e dos lados da gargantas faixas marrom-canela.
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Clovis Pagotto, feita em Alta Floresta-MT, em 19.07.2012
Observação do autor: Viagem sensacional na companhia de Luiz Rondini e Bradley Davis.
Biótopos para nidificação, banho, canto,descanso, parada nupcial e dormir.
O ninho desta espécie é o terceiro tipo, primeiro subtipo, da Classificação A. Ruschi, sendo fixado na face dorsal e central do limbo foliar.
Fotos que fiz do livro de Ausguto Ruschi, Aves Brasileiras. No WIKIAVES não tem fotos nem de ninhos e filhotes. Interessante também o local que esta easpecie faz seu ninho
A folha suporte é plana e horizontal, a uma altura variável de um a cinco metros de altura do solo. É todo tecido de material macio, com paina de bombacácea, de sementes de bromeliáceas, Typha etc. e mede 5,5 cm de diâmetro, por 3 cm de altura, e 3,5 de diâmetro na camara oológica e 1,5 cm de profundidade. A coloração do material usado é creme, e é fixado com secreção da fêmea e alguma teia de aranha ou de insetos, Phorideos. A incubação é feita em 14-15 dias, e os jovens deixam o ninho entre 20-22 dias. Os jovens ainda no ninho, já trazem, nos primeiros dias, ou seja, com 13 dias de idade, algo da sua coloração, branco e azul; antes ou seja, nos primeiros dias de 4 a 11, trazem uma penugem abundante, de cor creme muito alta, que fazem camuflagem com o ninho; tanto o macho como a fêmea tem coloração azul e branca, com os lados do pescoço cor canela. Após a muda ou seja após um ano, o macho conserva a cor que tinha desde jovem tornando-se mais intensa; a fêmea adquire então sua cor bem diferenciada da do macho. Assim, enquanto na grande maioria das espécies, sempre os jovens trazem plumagem semelhante ao da fêmea, em Florisuga mellivora, se dá o contrario. A parada nupcial é bem expressiva, pois o ataque do macho, quando em perseguição da fêmea, é de uma agressividade violentíssima, chegando em voo macio, e sobrevoando a fêmea a uma altura de um metro ou pouco mais, fazendo círculos , fixando o olhar para baixo onde ela se encontra pousada, mirando-a atentamente; ele se volta em voo piquê, completamente vertical, rápido lhe desfere um violento golpe com o bico, mas não chega atingi-la porque lhe escapa; outras vezes esse golpe é dado proximo a ela e assim volta ao ponto de partida e investe novamente, para depois segui-la em voo que empreende para ir a outro pouso; ali, às vezes o macho se põe ao lado, cerca de um metro, e então efetua o movimento de abrir e fechar de asas, que é também acompanhado igualmente pela fêmea. E com esses movimentos emite sons muito altos e agudíssimos com se fosse sss, sss repetidos muitas vezes. O banho é tomado em locais de respingos de cascatinhas e vários indivíduos machos e fêmeas se dirigem ao mesmo tempo a essa plataforma, parecendo fazer fila, para banhar-se, e no local onde a agua se precipita, na pequena poça, então fazem o mergulho; isso repetem por várias vezes seguem ao pouso onde realizam a higiene da plumagem. O local para canto é em pouso por vezes em pleno sol, e ali emitem seu canto de pouca sonoridade, mas seguidos de piados e assovios agudíssimos e talves alguns parecendo ultra-sons, pois a garganta exibe movimento das penas guturais, como acontece com todas especies que emitem sons. Nesse mesmo pouso tomam banho de sol, exibem a pele de certas partes do corpo, eriçando as penas do dorso e mesmo do pescoço, para a penetração dos raios solares; a elevação da cabeça verticalmente, com o bico em prumo e voltando-o após alguns minutos para o outro lado, abrindo a cauda em leque e cerrando os olhos. Para dormir, escolhem local abrigado e seguro; o bico fica um pouco elevado, em obliquo, acima do pouso normal, retraindo a cabeça junto ao pescoço e com as penas dorsais eriçadas para a penetração da umidade e dar maior contato da pele com o ar, que lhe dá com a falta de luz, imediato estado de condição para dormir e depois passar ao estado de torpor. As flores preferidas são a especies das famílias leguminosas, voquisiaceas, marantáceas, acantáceas, combretáceas, rubiáceas, musáceas, proteáceas, bombacáceas, bromeliáceas e outras. O reconhecimento desta espécie é bem fácil, tanto ao voo, como em pouso, pois o macho, por sua cauda branca e a coloração azul, é inconfundível e a fêmea, ainda pela coloração, que logo notada, pelo pardacento e mesclado pintalgo de negro e branco, além de parar no ar, tanto o macho como a fêmea, os torna distintos.
Citação: Aves do Brasil - Augusto Ruschi-
FAMILIA TROCHILIDAE
SUBFAMILIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes
Etimologia:
Florisuga - do latim flos = flor + sugere = sugar, puxar, embeber, chupar.
mellivora - do latim mel = mel + vorus = alimento, comida, comer
Citação: Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frisch.
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Anselmo dAffonseca, feita no Lago do Rio Uatumã, Presidente Figueiredo-AM, em 17.02.2007. É a segunda foto mais bem avaliada do WIKIAVES.
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Anselmo dAffonseca, feita Cachoeira Porteira - Estrada de Balbina - Presidente Figueiredo-AM, em 10.11.2012.
Habitat: Floresta amazônica.
Migração: Pequena migratória.
Descrição: Cabeça azul; dorso verde, mácula branca na nuca; cauda branca, com estreita faixa preta terminal em todas as retrizes, com exceção do par central, que é verde azulado; bico preto; garganta azul, peito e flancos verdes, resto do abdômen branco puro, inclusive as infracaudais.
Fêmea dorsalmente verde; ventralmente verde enegrecido, pintado de branco; barriga no meio, branca.
FÊMEA -ADULTO - VEJA DESCRIÇÃO ACIMA -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Robson Czaban, feita na Estrada da Morena, Balbina, Presidente Figueiredo-AM, feita em 04.08.2002. É bem dificl conseguir fotos de fêmea desta espécie, esta é uma das poucas que tem no WIKIAVES.
Observação do autor: Talvez por não ser tão vistosa quanto o macho, mas é bem mais difícil conseguir fotos da fêmea nesta sp.
Os jovens tem no dorso e dos lados da gargantas faixas marrom-canela.
MACHO - JOVEM - VER DESCRIÇÃO ACIMA -
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Clovis Pagotto, feita em Alta Floresta-MT, em 19.07.2012
Observação do autor: Viagem sensacional na companhia de Luiz Rondini e Bradley Davis.
Biótopos para nidificação, banho, canto,descanso, parada nupcial e dormir.
O ninho desta espécie é o terceiro tipo, primeiro subtipo, da Classificação A. Ruschi, sendo fixado na face dorsal e central do limbo foliar.
Fotos que fiz do livro de Ausguto Ruschi, Aves Brasileiras. No WIKIAVES não tem fotos nem de ninhos e filhotes. Interessante também o local que esta easpecie faz seu ninho
A folha suporte é plana e horizontal, a uma altura variável de um a cinco metros de altura do solo. É todo tecido de material macio, com paina de bombacácea, de sementes de bromeliáceas, Typha etc. e mede 5,5 cm de diâmetro, por 3 cm de altura, e 3,5 de diâmetro na camara oológica e 1,5 cm de profundidade. A coloração do material usado é creme, e é fixado com secreção da fêmea e alguma teia de aranha ou de insetos, Phorideos. A incubação é feita em 14-15 dias, e os jovens deixam o ninho entre 20-22 dias. Os jovens ainda no ninho, já trazem, nos primeiros dias, ou seja, com 13 dias de idade, algo da sua coloração, branco e azul; antes ou seja, nos primeiros dias de 4 a 11, trazem uma penugem abundante, de cor creme muito alta, que fazem camuflagem com o ninho; tanto o macho como a fêmea tem coloração azul e branca, com os lados do pescoço cor canela. Após a muda ou seja após um ano, o macho conserva a cor que tinha desde jovem tornando-se mais intensa; a fêmea adquire então sua cor bem diferenciada da do macho. Assim, enquanto na grande maioria das espécies, sempre os jovens trazem plumagem semelhante ao da fêmea, em Florisuga mellivora, se dá o contrario. A parada nupcial é bem expressiva, pois o ataque do macho, quando em perseguição da fêmea, é de uma agressividade violentíssima, chegando em voo macio, e sobrevoando a fêmea a uma altura de um metro ou pouco mais, fazendo círculos , fixando o olhar para baixo onde ela se encontra pousada, mirando-a atentamente; ele se volta em voo piquê, completamente vertical, rápido lhe desfere um violento golpe com o bico, mas não chega atingi-la porque lhe escapa; outras vezes esse golpe é dado proximo a ela e assim volta ao ponto de partida e investe novamente, para depois segui-la em voo que empreende para ir a outro pouso; ali, às vezes o macho se põe ao lado, cerca de um metro, e então efetua o movimento de abrir e fechar de asas, que é também acompanhado igualmente pela fêmea. E com esses movimentos emite sons muito altos e agudíssimos com se fosse sss, sss repetidos muitas vezes. O banho é tomado em locais de respingos de cascatinhas e vários indivíduos machos e fêmeas se dirigem ao mesmo tempo a essa plataforma, parecendo fazer fila, para banhar-se, e no local onde a agua se precipita, na pequena poça, então fazem o mergulho; isso repetem por várias vezes seguem ao pouso onde realizam a higiene da plumagem. O local para canto é em pouso por vezes em pleno sol, e ali emitem seu canto de pouca sonoridade, mas seguidos de piados e assovios agudíssimos e talves alguns parecendo ultra-sons, pois a garganta exibe movimento das penas guturais, como acontece com todas especies que emitem sons. Nesse mesmo pouso tomam banho de sol, exibem a pele de certas partes do corpo, eriçando as penas do dorso e mesmo do pescoço, para a penetração dos raios solares; a elevação da cabeça verticalmente, com o bico em prumo e voltando-o após alguns minutos para o outro lado, abrindo a cauda em leque e cerrando os olhos. Para dormir, escolhem local abrigado e seguro; o bico fica um pouco elevado, em obliquo, acima do pouso normal, retraindo a cabeça junto ao pescoço e com as penas dorsais eriçadas para a penetração da umidade e dar maior contato da pele com o ar, que lhe dá com a falta de luz, imediato estado de condição para dormir e depois passar ao estado de torpor. As flores preferidas são a especies das famílias leguminosas, voquisiaceas, marantáceas, acantáceas, combretáceas, rubiáceas, musáceas, proteáceas, bombacáceas, bromeliáceas e outras. O reconhecimento desta espécie é bem fácil, tanto ao voo, como em pouso, pois o macho, por sua cauda branca e a coloração azul, é inconfundível e a fêmea, ainda pela coloração, que logo notada, pelo pardacento e mesclado pintalgo de negro e branco, além de parar no ar, tanto o macho como a fêmea, os torna distintos.
Citação: Aves do Brasil - Augusto Ruschi-
FAMILIA TROCHILIDAE
SUBFAMILIA TROCHILINAE
Ordem Trochiliformes
Etimologia:
Florisuga - do latim flos = flor + sugere = sugar, puxar, embeber, chupar.
mellivora - do latim mel = mel + vorus = alimento, comida, comer
Citação: Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frisch.
MACHO - ADULTO
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Anselmo dAffonseca, feita no Lago do Rio Uatumã, Presidente Figueiredo-AM, em 17.02.2007. É a segunda foto mais bem avaliada do WIKIAVES.
Observação do autor: Ele estava se alimentando destas flores de uma espécie de erva-de-passarinho, eu acho. No meio do lago. Estávamos com um pouco de pressa e não deu pra tirar uma foto boa. Eu os vi em três ou quatro locais, parecendo serem comuns na área. Acho que dá pra ver mais ou menos as características do bicho.
MACHO - JOVEM - A BELEZA COM ASAS ABERTAS
Foto gentilmente cedida para esta matéria, por Anselmo dAffonseca, feita Cachoeira Porteira - Estrada de Balbina - Presidente Figueiredo-AM, em 10.11.2012.
Observação do autor: Pelo menos 5 espécies de beija-flores (sem falar nos thraupis e outras sp) estavam se alimentando nas flores dessa árvore de cerca de 4 m, em solo arenoso e pedregoso, típico das campinas da região. Um verdadeiro festival, apesar da luz difícil e os bichos um pouco ariscos. Com a amiga Eleonora e meu filho Gabriel.
MACHO - ADULTO - A BELEZA COM CAUDA ABERTA EM LEQUE.
Foto gentilmente cedida para esta matéria por, Felipe Bittioli R.Gomes, feita na BR-174, Manaus-AM, em 26.07.2011
MACHO - ADULTO - LINDA FOTO - ALIMENTANDO - CAÇANDO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Marco Guedes, na RPPN Gleba Cristalino, Alta Floresta-MT, em 02.05.2013.
Observação do autor: Tive enormes alegrias nesta viagem, mas esta foto foi de emocionar, já na máquina deu para ver que o inseto que ia ser comido havia saído na foto, fiquei olhando a tela por um bom tempo, feliz.
Com Patricia, minha mulher e guiados por mestre Endrigo e Francisco, guia do Cristalino.
Beija-flores do Brasil - Número 16
que bonitas maravilhas da natureza que são essas avezinhas !
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