terça-feira, 7 de março de 2017

Lofantera-da-amazônia

Lophantera lactescens Ducke

Nomes populares - Lofantera-da-amazônia. chuva-de-ouro.


Características morfológicas - Altura de 10-20 m, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas simples, membranáceas, lactescentes quando jovens, glabras, de 16-22 cm de comprimento por 8-11 cm de largura. Inflorescência em racemos terminais pendentes.
Ocorrência - Região Amazônica, na mata da várzea alta.
Madeira - Moderadamente pesada, compacta, medianamente dura, moderadamente resistente ao ataque de organismos xilófagos.


Utilidade - A madeira é empregada para construção civil, como vigas, caibros, forros, para marcenaria e carpintaria leve. A árvore em flor é um belo espetáculo, tornando-a extremamente atraente para o paisagismo. Felizmente já começando a ser bastante difundida no sudeste do país, onde é empregada principalmente para a arborização urbana. Pode também ser empregada para plantios em áreas degradadas destinadas a preservação.
Informações ecológicas - Planta semidecídua, heliófita ou esciófita, seletiva higrófita, característica da floresta pluvial equatorial da região Amazônica. Apresenta dispersão bastante restrita, tendo sido encontrada até o momento apenas no baixo Tapajós, em matas de várzea alta. Ocorre tanto no interior da mata primária densa como em formações secundárias. Produz boa quantidade de semente férteis. 
Fenologia - Floresce durante os meses de fevereiro-maio. A maturação  dos frutos verifica-se em setembro-outubro.


Obtenção de sementes - Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixá-los ao sol para uma rápida secagem; como cada fruto é composto de três a quatro partes, separar manualmente os componentes. As partes componentes dos frutos assim obtidas podem ser diretamente utilizadas para semeadura, uma vez que a retirada da semente verdadeira é praticamente impossível. Um Kg das partes componentes dos frutos contém aproximadamente 85.000 unidades.


Produção de mudas - Colocar as sementes (partes componentes dos frutos) para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso e, mantidos em ambiente sombreado (mudas sensíveis ao transplante); cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 30-50 dias e, a taxa de germinação é baixa. O desenvolvimento das mudas é lento demorando mais de 7 meses para atingirem o porte adequado para serem plantadas no local definitivo. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado, alcançando 2,3 m aos 2 anos. 

Citação:  Árvores Brasileiras, Volume 1 - Harri Lorenzi

Árvore introduzida no Espaço Amazônia que criamos às margens do Rio da Onça, de onde foram colhidas estas imagens.


ÁRVORES DE ARCEBURGO/MG - NÚMERO 25














Nenhum comentário:

Postar um comentário