Crotolária Juncea
DOAÇÃO DE SEMENTES
Ganhamos do amigo e produtor rural, Ricardo Dias da Fazenda Santa Rosa, 25 quilos da semente de Crotalária, para combater a dengue. Doação esta feita a Prefeitura Municipal, na pessoa do Prefeito Gilson Mello, através da secretaria de Meio Ambiente. Agradecemos ao amigo, e estas sementes serão doadas a população de Arceburgo/MG.
O texto é do querido amigo Raul Cânovas, sobre o qual fizemos a referida citação abaixo. Tudo é parceria, em nome da natureza, e da cidadania.
Fotos de minha autoria, aqui na Secretaria de Meio ambiente.
Crotolária Juncea
Muito popular ultimamente por atrair libélulas – as maiores predadoras do Aedes Aegypti, causador da dengue, febre amarela, chikungunya e zika virus – é uma planta que se adapta bem à seca e às regiões de clima quente, não suportando o frio constante do bioma sulino, por isso é indicada para região norte, sudeste e centro oeste do Brasil. Floresce em aproximadamente 90 dias após o plantio ou no máximo 120. O gênero Crotalaria, possui cerca de 600 espécies, sendo na sua maioria nativas no continente africano, na Tanzânia, por exemplo, é aproveitada em associação com outras culturas para controlar ervas daninhas, nematóides e por incorporar nitrogênio ao solo. No nosso país, onde foi introduzida no século XIX, também é recomendada por causa destas propriedades. Quando floresce, que é quando ela apresenta o máximo de acúmulo de nutrientes, pode ser cortada e incorporada ao solo. A decomposição do material orgânico possibilita a absorção dos nutrientes dos vegetais a serem cultivados. Usada como cobertura morta protege a terra dos ventos, evitando o ressecamento do solo, diminuindo assim os gastos com irrigação. A produção de folhas é abundante, em apenas um hectare, a crotalária produz, no mínimo, vinte toneladas de massa verde e 20 kg de sementes são suficientes para cobrir essa área.
Na Índia e no Sudeste Asiático, a Crotalária juncea, fornece as fibras utilizadas na fabricação de cestas, barbantes, fios para fazer tapetes, redes de pesca, lonas e cordas e, segundo os nativos, é mais resistente do que a juta, especialmente quando molhada mesmo com água salgada, resistindo bem ao mofo. Seu uso é mencionado na antiga literatura sânscrita e data de épocas distantes, quando a infusão de folhas amargas eram usadas externa e internamente, para o tratamento de anemia, herpes, menorragia e psoríase.
No Brasil, muitos municípios aderiram a campanha de distribuição de sementes e mudas, para estimular a procriação da libélula. Inclusive foi aprovado, na Câmara Municipal de Rondonópolis, projeto de lei de autoria do vereador Thiago Muniz (PPS), que prevê a obrigatoriedade, por parte de donos de terrenos baldios na cidade, de plantarem e cultivarem a crotalária. A medida também atinge os terrenos de propriedade do poder público, seja municipal ou estadual. Campanhas similares foram adotadas no Paraguai, onde o viveiro do Parque Caballero da Municipalidad de la Ciudad de Asunción cultiva a crotalária, para ser distribuída aos munícipes. As províncias de Misiones e Entre Rios, na Argentina também oferecem à população mudinhas desta leguminosa, com o intuito de frear a proliferação do mosquito.
Raul Cânovas nasceu em 1945. Argentino, paisagista, escritor, professor e palestrante. Com 50 anos de experiência no mercado de paisagismo, Cânovas é um profissional experiente e competente na arte de impactar, tocar, cativar e despertar sentimentos nos mais diversos públicos.
Citação
Crotolária Juncea | Jardim Cor
Publicado por Raul Canovas em 28/03/16. crotalária, xique-xique, chocalho, cânhamo marrom, cânhamo indiano. Muito popular ultimamente por atrair libélulas ...
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