sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Meu Poema " O Arceburguense Ausente " foi publicado no Livro SARAU BRASIL 2019 - Concurso Nacional Novos Poetas


Orientado por edital público, o Concurso Nacional Novos Poetas, Sarau Brasil 2019,

 recebeu no período de 05 de abril a 05 de agosto de 2019, o total de
1.870 inscrições de todo o Brasil.

A Vivara Editora Nacional, informa que recebeu da comissão julgadora, no dia 21 de agosto,

a lista protocolada dos 250 candidatos classificados no processo seletivo.



Parabéns! 

O seu poema foi classificado e fará parte da obra, 

Antologia Poética, Sarau Brasil 2019.


A lista dos classificados está disponível em, www.concursonovospoetas.com.br 

É um orgulho fazer parte desta grande comunidade literária. Novos Poetas.

Seu editor,


Isaac Almeida Ramos


POEMA DO ARCEBURGUENSE AUSENTE


Você criança, moleque de calças curtas, das ruas empoeiradas de Arceburgo.
Nadou no espraiadão, antes que o progresso, fizesse nascer a piscina municipal.
Estudou no Grupo Escolar "Cel. Lucas Magalhães", ou capinou café nas nossas fazendas.
Brincou de cowboy nas terras do Filipinho.
Ou quem sabe, participou das brigas coletivas, da turma da várzea com a palha.
Lembra-se das fofocas do meio-dia, nos bancos do caramanchão,
onde a gente colocava as conversas em dia.
Comeu pipoca, pé de moleque, bebeu quentão na barraquinha do Dário.
Quantas vezes acompanhou os carros de boi;
ou os caminhões pipa que molhavam as ruas empoeiradas de Arceburgo.
Rezou no cruzeiro em época de seca.
Quando adoecia era tratado pelo Dr.Herculano e o remédio preparado pelo Sr.Sátyro Coelho.
Cresceu, aprendeu a dançar na elegância da Brasília, ou na simplicidade da Goiânia.
Ficava assistindo as partidas de sinuca no bar do Silvino,
 ou ia ver o jogo de bochas no bar do João Gaio e, levava um pito por ser de menor.
 Foi com a namoradinha no cine São João ou no Bayjão, seu primeiro beijo.
Jogava bola de meia no campo da Associação, ao voltar cansado, e com sede,
encontrava o Sr. Paulo Mussarra que lhe oferecia um guaraná ou sodinha, de graça.
Acompanhava folia de Reis, sentou no banco de madeira que ficava na porta do C.L.R.A.,
vendo as moças descer e subir, enquanto na janela do clube uma sonata tocava Nelson Ned.
Brincou de salva, bate caixão, de circo.
Lembra-se das Olimpíadas de férias.
Lembra-se das madrugadas, quando enfeitava a estátua do Candinho, após os bailes.
Saiu um dia de Arceburgo, rumo ao Estado de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, sei lá...
Qualquer lugar deste Brasil, para estudar ou trabalhar, deixando para trás,
 a singela cidadezinha encravada num ponto das Minas Gerais.
Você Arceburguense Ausente, médico ou enfermeiro, engenheiro ou pedreiro,
 economista ou escriturário, patrão ou operário, não importa!
Porque hoje é seu dia.

Ademir Carosia
24.06.1992
Festa de São João

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