quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Saracura-tres-potes

  Aramides cajaneus

35-37 cm


GÊNERO ARAMIDES Reúne saracuras grandes, coloridas e de bico longo, com primárias ferrugíneas visíveis em voo e voz potente. Habitam brejos e matas alagadas; mais fáceis de ver do que outras saracuras, por se alimentarem ocasionalmente em área aberta.

Razoavelmente comum, de ocorrência ampla em brejos, matas alagadas, margens de corpos d'água, localmente em manguezais; é a saracura mais comum em matas do interior. Ao menos até 1000  se altitude. Bico esverdeado, mais amarelo na base; olho vermelho, pernas rosa-vivas. Por cima, olivácea; cabeça, pescoço e peito cinzentos, coroa mais marrom, garganta mais clara. Alaranjada por baixo, com rabadilha, cauda e baixo-ventre pretos. Aves dos manguezais do Rio de Janeiro e de São Paulo, sem marrom na coroa. Compare com a saracura-do-mato. com partes inferiores cinza (chegando à barriga) e o ferrugíneo do alto dorso estendendo-se à nuca; também com a saracura-do-mangue, somente neste ambiente. Arisca, fica oculta na vegetação, ás vezes sando no começo ou fim do dia para alimentar em bancos de lama. Enfia o bico na lama e no folhiço; atira a folhas para os lados. canto, potente, familiar mais ouvido ao amanhecer ou no crepúsculo (às vezes de noite ou mesmo no meio dia). Variável, pode ser um "teres-pot" ou variações, repetido e seguido por "pot pot pot"; em dueto ou em coro, pode soar como "três potes" (dai o nome popular). Ás vezes o coro dura vários minutos, soando meio alucinado.
Citação: Aves do Brasil Mata Atlântica do Sudeste - John A.Gwynne, Robert S. Ridgely, Guy Tudor e Martha Argel.



 AVES DE ARCEBURGO-MG - NUMERO 99


Nenhum comentário:

Postar um comentário