quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Pombo-correio

Valter Fidélis

Mococa - SP.

UM CAMPEÃO

 O pombo dele que ganhou premio em Lavras-MG,  fez um voo em torno de 80 kms/hora.

PARTE 1

Valter cria estes pombos, há 40 anos. Bi-campeão brasileiro, fato que conta com orgulho, pois é o único no Brasil com tal façanha. Meu amigo de infância, nascido aqui em Arceburgo - MG, é filho de Zotti Fidélis, personagem do meu Poema do Arceburguense. Ontem passei a tarde com ele, fomos para uma Escola, onde ele falou para os alunos, fez soltura de pombos na Escola. Tudo isto registrado pela TVD de Mococa, com matéria que seria exibida ontem a noite. Depois os alunos foram até a casa dele conhecer mais sobre a história do pombos, ver de perto a criação e a chegada dos pombos soltos na escola.


Valter em entrevista a TVD de Mococa-SP, em sua casa, observado pelos alunos.

Na sua fala aos alunos ele dizia:
- Portugal tem grandes criações pombos, porém as maiores são na Bélgica, que é sua fonte de origem.
- Um dos seus pombos voou 1.000 kms de Brumado na Bahia, até Mococa.
- A fêmea põe dois ovos.
- Supõe, mais ninguém ainda sabe ao certo, que os pombos se localizam, suas rotas por ondas magnéticas.
- Vivem em média 12 anos, mas ele teve um pombo que viveu 18 anos.
- Pesa em média 350 gramas.
- Origem Belga.
- Ele tem em torno de 50 pombos.
- O pombo dele que ganhou premio em Lavras-MG,  fez um voo em torno de 80 kms/hora.

FILHOTES

Curiosidades.
Um fato.
O Valter tinha um pombo que não competia mais, pois tinha um problema na asa.
Esta ave só servia para procriar, ai ele presentou um amigo de Alfenas-MG.
Um certo dia, por um descuido do criador de Alfenas-MG, este pombo escapou, e mesmo com problema na asa, retornou ao pombal de origem, ou seja a casa do Valter , em Mococa-SP.
Distancia de Mococa a Alfenas por rodovia é de 145 kms


- O pombo dele que ganhou premio em Lavras-MG,  fez um voo em torno de 80 kms/hora.
ultima foto


CORRIDA DE POMBOS CORREIOS

Praticada mundialmente desde o final do seculo 19, sendo considerado esporte nacional em muitos países, e o terceiro da Europa em numero de praticantes.
A Columbofilia, arte de criar pombos-correios, para competições, é considerada uma das competições mais saudáveis e recreativas, na busca de um homem moderno, do reencontro com a Natureza e do convívio familiar.

As competições consistem em transportar os pombos-correios para longe de seus pombais e marcar o tempo que gastam para retornarem aos mesmo.

Robustos e bem dotados de um sentido de orientação espetacular, os pombos-correios são capazes de retornar aos seus lares, mesmo quando soltos  bem longe (até 1.000 kms aéreos) voando em média 80 kims/h, chegam a cobrir estas distancias em um só dia. Isso faz do pombo-correio um verdadeiro atleta, um maratonista dos céus.
Ref.Valter Fidélis
valterfidelis@gmail.com
(19) 99687-7100

COR ESCAMA

O pombo-correio não leva uma mensagem espontaneamente a um determinado destino, como muita gente pensa. Ao invés disso, ele é transportado de seu local de origem até um certo ponto de partida, de onde ele saberá como retornar à sua casa. "É um mecanismo natural que ele tem. Trata-se de uma estratégia adaptativa, ou seja, um resultado da seleção natural. Alguns animais são nômades, outros, migratórios. Já os pombos-correio possuem uma moradia fixa e procuram sempre voltar para esse abrigo, onde encontram proteção, alimento e os membros de seu bando", diz o professor Ronald Ranvaud, que ministra as disciplinas de Neurofisiologia e Ciências Cognitivas no Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). "Na etologia, que engloba os estudos de comportamento, isso é chamado de fidelidade ao sítio de origem", complementa. Ele conta que, além dessa característica, esses animais apresentam também um comportamento gregário, o que significa que não são solitários e, por isso buscam estar sempre juntos a um bando.

COR MACOTADO

Os pombos-correio são da mesma espécie dos pombos comuns que se veem nas ruas, mas pertencem a uma raça diferente. Seu porte é maior e possuem uma carúncula mais acentuada na base do bico. Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, eles foram bastante utilizados para o envio de mensagens, como um recurso alternativo de comunicação. "Documentos da época mostram caminhões que serviam como pombais móveis. Mesmo que eles fossem levados a lugares diferentes a cada dia, desde que não muito distantes do local de origem, os pombos conseguiam voltar", conta o professor. Ronald explica que as mensagens ou encomendas são geralmente amarradas na perna do animal, ou colocadas em um tipo de mochila especial. Hoje em dia, essas aves ainda são utilizadas como mensageiras. "Até recentemente, o exército russo mantinha uma 'divisão' para pombos-correio. Na Inglaterra, há cerca de dez anos, um hospital os usava para levar amostras ao seu laboratório, por ser um transporte mais rápido, que não precisa enfrentar o trânsito. E faz parte do folclore que elas também sejam usadas no contrabando de drogas e diamantes".
Mas não é qualquer pombo que se pode usar como mensageiro. Se pegássemos um exemplar na rua e o levássemos para um local desconhecido, ele provavelmente conseguiria voltar para casa - mas existe uma limitação. "Se o animal for afastado cerca de 15 km de onde vive, por exemplo, ele certamente saberia encontrar o caminho de volta. Mas se essa distância exceder uns 50 km, ele dificilmente voltaria, pois precisaria ter um porte de atleta", diz Ronald Ranvaud. Por isso, os pombos-correio são treinados desde pequenos a voar longas distâncias para ganhar resistência e não se perderem. O treinamento começa a ser realizado a partir do momento em que o animal aprende a voar, geralmente aos 30 a 45 dias de vida. "Inicialmente, ele faz voos livres todos os dias, não se afastando muito do pombal. A partir dos três meses de idade, já se pode afastá-lo uns 30 km de sua casa que ele saberá voltar", conta o professor. Aos poucos, as distâncias vão aumentando e as direções para onde é levado também são diversificadas. "Cada uma dessas ocasiões representa um aprendizado", explica o professor.
Para se guiar no caminho de volta, os pombos possuem três habilidades fundamentais: a visão, pela qual localiza o Sol e identifica sua posição (leste, oeste e norte); o relógio interno, por meio do qual identifica o período do dia (manhã, meio-dia, tarde, noite); e a memória, que ele utiliza para aprender a relação entre a posição do Sol e o horário. "O Sol muda de lugar ao longo do dia: de manhã, indica o leste; ao meio-dia, o norte (no hemisfério sul); de tarde, oeste. Funciona como uma bússola", diz Ronald. "Mas para usar o astro como bússola, é essencial ter um relógio para saber qual a sua posição a cada hora do dia". Para comprovar a importância dessa relação, o professor cita um experimento onde um pombal é colocado dentro de um laboratório sem janelas durante uma semana. A luz é ligada todos os dias na posição onde nasce o Sol, mas com seis horas de atraso, ou seja, ao meio-dia, e desligada também seis horas depois que ele se põe, à meia-noite. "Se depois disso, o pombo for levado a uma distância pequena e liberado ao meio-dia, a ave vai olhar para o Sol e achar que são seis da manhã, porque seu relógio interno está atrasado. Então interpretará que a posição indicada pela luz é o leste, quando na verdade é o norte. Então é como se ele virasse o mapa 90 graus para a esquerda", comenta. Apesar disso, alguns conseguem voltar, mesmo que levem alguns dias, pois, aos poucos, seu relógio e sua bússola internos vão se ajustando. "É como o jet lag, a gente leva uns dias para se adaptar", diz Ronald.

COR AZUL

Atualmente, além de transportadores de mensagens e encomendas, os pombos-correio são usados em competições chamadas columbofilia. Esses torneios mostram que é muito difícil definir a distância máxima que esses animais conseguem percorrer no caminho de volta para seu abrigo. "Há uma prova na Europa em que eles partem de Barcelona e chegam à Bélgica, percorrendo quase mil quilômetros. No Brasil, há uma em que saem de Brasília e chegam a São Paulo, ou seja, são mais de 900 quilômetros e tem pombo que voltou no mesmo dia. Alguns deles voam direto, sem paradas. Outros até param para beber água, por exemplo, depende da condição de cada um". E muitos deles não voltam: ou porque se perdem, ou porque são capturados por predadores, como o gavião.
Além dos pombos, outros animais também possuem essa capacidade. "Praticamente todos eles conseguem encontrar o caminho de volta para casa, em maior ou menor grau", diz Ronald. "As abelhas fazem isso o tempo todo. Os gatos também conseguem. Se o seu dono tenta abandoná-lo levando-o para longe, depois de alguns dias ou semanas ele estará de volta em casa. Foi feita uma experiência com albatrozes no sul do Havaí, levando-os para regiões como Califórnia, Alaska e Japão, e a maioria retornou, de distância de 3 mil até 6 mil quilômetros".

Citação: revistaescola.abril.com.br › ... › Ciências › Vida e ambiente › Seres vivos

Portugal onde se tem um numero grande de criadores de pombo-correio,
É o terceiro país que mais acessa nosso Blog. Primeiro  o Brasil, segundo Estados Unidos da América.

Um comentário:

  1. Olá Ademir,
    Me recordo que quando criança minha mãe falava sobre esta espécie. Achei super importante esta matéria!
    Vou relatar um fato que aconteceu comigo e sempre que vejo pombos me faz lembrar: Eu tenho o costume de quando vejo algum canto de pássaros fico olhando para o alto das arvores Ao passar pela praça, lá fui espionar que barulho era aquele....olhando para cima um pombo defecou-se e caiu justo no meu rosto. Nossa minha filha pequena com sua amiga riram muito enquanto eu estava desespera para limpar. Até hoje quando passamos no local lembramos.

    beijos

    ResponderExcluir