quarta-feira, 16 de março de 2016

Bandeirinha

Discosura longicaudus

MACHO - ADULTO - COSTAS -

Foto gentilmente cedida para esta matéria por Robson Czaban, feita em Vila de Balbina - Presidente Figueiredo-AM , em 19.03.2006. É a segunda foto mais bem avaliada do WIKIAVES.

Observação do autor: Taí um registro que fiquei muuuuito feliz em fazer. É um beija-flor extremamente delicado, ainda mais com esse detalhe das raquetes na cauda. Desconfio que ele aparece todo ano durante a floração de uma espécie de árvore ( não sei o nome ) e some a maior parte do ano, sabe Deus pra onde.

Gênero DISCOSURA Bonaparte.

Outros nomes populares: Besourinho-de-raquete,  Pavãozinho e Coqueta-cola-raqueta.

Distribuição geográfica: Venezuela, Guianas, Brasil.Na Venezuela no Território Amazonas. Nas Guianas, nas serras do Roraima e Tumucumaque. No Brasil: Amapá, serra do Navio, Pará, Amazonas, Maranhão, Piaui, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espirito Santo.

Caracteristicas; medidas: Comprimento do macho 100 mm. Bico 12 mm. Asa 46. Cauda do macho 53. Peso 3,7 g. Femea:  78 mm. 12 mm. 3,0 g. Vibrações de asas 40 p.s.  Dimensões e peso dos ovos: 13 X 8,5 mm. 0,37 g. Temperatura 41 C. Dimorfismo sexual, muito diferenciado.

Habitat: Floresta virgem das províncias: Hiléia, central e Atlântica; scrub e  savana.

Migração: Pequena Migratória.

Descrição: lado dorsal verde-bronzeado com uma cinta transversal uropigiana esbranquiçada; fronte, ápice e nuca verde-capim-brilhante; retrizes violeta-enegrecido, em parte com bordos cinza ou esbranquiçados, as exteriores com alargamento em forma de raquete na extremidade. Lado ventral com mento e garganta verde-capim-brilhante, seguido no peito por uma faixa e outras laranja-iridescentes, além de outras prateadas e abdômen castanho-escuro e negro; flancos verde-dourado; tufos tibiais esbranquiçados. Infra-caudais acinzentados com disco enegrecido. Bico reto pequeno e negro. Fêmea menor que o macho. Lado dorsal bronze-esverdeado, com cinta uropigiana branca.. Cauda curta, cinza-escuro com negro-avermelhado e branco na extremidade. Lado ventral com mento e garganta negros; lado da garganta branco; peito esverdeado; abdômen cinza-escuro. Jovens, como a fêmea.

Biótopos para nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.

Esta espécie nidifica num ramo horizontal, a média altura, 3 a 6 metros do solo. Seu ninho é feito de paina de várias plantas, com Typpha, sementes de bromeliáceas, gramíneas, fibras sedosas de asclépias, chorísia, etc., tendo afixado nas paredes externas alguns pequenos líquenes de coloração acinzentada. Só a femea cuida do ninho da incubação. que é de 13-14 dias, e os jovens deixam o ninho com 20-22 dias. O banho é nesta espécie idêntico ao das espécies Lophornis, ,nas folhas umedecidas pela chuva, neblina ou orvalho, e sua hora preferida é pela manhã, ao despertar e a tarde, após as 15,00 horas. Sempre escolhe um pouso para a higiene da plumagem e também para o banho de sol, que é rico de movimentos, com o abrir da cauda e o erguer da cabeça para que os raios de sol filtrem sua plumagem e assim atinjam a pele. Fica no poleiro de descanso, às vezes, por mais de uma hora e dai saindo para alimentar, etc. Esse poleiro fica em um ramo delgado muito alto, às vezes no alto da copa de árvores, a mais de 30 metros. O dormir é também no emaranhado de ramos e folhagens, bem protegido. a parada nupcial se assemelha bastante a das espécies do gênero Lophornis.  As fases de apresentação de exibição da plumagem são as de maior importância para o acasalamento. A fêmea pousada, em seu local preferido, na área territorial, não muito longe do local exato onde construirá o ninho, recebe o galanteio do macho, que em vôo de libração se apresenta,  erguendo e abaixando a cauda, com caídas e vôos cegos, parando e circundando a fêmea com vôo calmo e compassado, e cantando ti, ti, ti, ti... Por alguns minutos repete esta cena e em seguida inicia a exibição da plumagem, fazendo movimentos guturais e apresentando a faixa reluzente avermelhada-escura e a cauda em constante abrir de leque e fechar, com ráquis mais escurecido, e ainda rep, rep, rep... que produz com asas e cauda, conseguindo finalmente conquistá-la.

Reconhecimento em seu habitat: Quando pousado, este beija-flor sempre se coloca no topo dos arbustos ou das árvores. Sua cauda, com retrizes exteriores que tem na extremidade dilatadas em formato de raquete, logo o faz distinguir de todas as outras espécies de beija-flores. A fêmea se parece mais com o macho jovem, pois, só as máculas laterais esbranquiçadas, que descem pela parte lateral, entre o negro do centro e o verde, e as retrizes maculadas do pardo e branco, a distinguem das fêmeas do Gênero Lophornis, porque pelo tamanho, se vista de longe não aparenta ser maior que aquelas, ainda mais que possui no dorso também a faixa branca transversal.

Observações: As flores preferidas por esta especie, entre as observadas destaco: Anacardium occidentale, Leonitis petaefolia, Leonurus sibiricus... É hoje uma especie rara, apesar de sua grande área de dispersão, mas com a derrubada de grandes floresta, onde tem seu habitat preferido a tornará cada vez mais ameaçada de extinção, pois ali tem seus principais biótopos. Para dormir a posição da cauda é como nas espécies do gênero Lophornis, coloca-se obliquamente para a frente.

CITAÇÃO: AUGUSTO RUSCHI - AVES DO BRASIL.


MACHO - ADULTO - ALIMENTANDO
Esta foto foi gentilmente cedida para esta matéria, por Marlos Menêzes, feita no Parque Dois Irmãos em Recife-PE, no dia 03.02.2012. Esta foto é a terceira mais bem avaliada do WIKEAVES.

Observação do autor: Foto para registro. Bichinho um pouco difícil. Aparece pouco(quando aparece) e quase sempre longe ou bem alto. Paciência, ainda consigo foto melhor dele.

MACHO - ADULTO - FRENTE -

Foto gentilmente cedida para esta matéria por Robson Czaban, feita em Vila de Balbina - Presidente Figueiredo-AM , em 19.03.2006. É a quarta foto mais bem avaliada do WIKIAVES.

Observação do autor: Estou enviando mais uma foto, em outro ângulo, onde aparece melhor as raquetes da cauda.

FÊMEA - ADULTO
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Eduardo Pio Carvalho, foi feita em 05.02.2011, em Porto Seguro-BA.

FÊMEA -ADULTO - ALIMENTANDO

Foto gentilmente cedida para esta matéria por Robson Czaban, feita em Manaus-AM, no dia 06.11.2010.

Observação do autor: Beija-flor bem complicado de ver. Só tinha registro em Balbina, cerca de 130 Km a nordeste deste local.

Discosura - do grego diskos = lâmina, folha, placa + oura = rabo, cauda ( referencia às penas na cauda desta ave, que são terminadas em forma de uma pá oval ou raquete).

Longicaudus - do latim longus = longo, grande + cauda = rabo, cauda.

FAMILIA TROCHILIDADE

SUBFAMILIA TROCHILINAE

ORDEM TROCHILIFORMES.

CITAÇÃO:  AVES BRASILEIRAS - JOHAN, CHRISTIAN DALGAS FRISCH.

BEIJA-FLORES DO BRASIL - NÚMERO 6

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