Clytolaema rubricauda
Gênero CLYTOLAEMA Gould.
MACHO - ADULTO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Daniel Mello, feita no Hotel do Ypê, Itatiaia-RJ, em 16.10.2010.
Quero agradecer imensamente aos amigos que estavam conosco em Itatiaia: Luiz Ribenboim, Márcia Carvalho, Rodolfo Eller, Ricardo Gentil e José Luiz Santos, pela agradável companhia num dos melhores lugares que já visitei! Não vejo a hora de voltar lá... em breve mais fotos! Um abração pessoal!
Observação do autor: Tirei várias fotos deste beija-flor e resolvi começar postando este close!
Outros nomes populares: garganta-rubi, estrela-vermelha-da-mata.
Distribuição geográfica: Brasil (Goiás, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Caracteristicas: Medidas: Comprimento 120 mm. Bico 18 mm. Asa 75. Cauda 48. Peso 6,8 g. Vibrações de asa 28 p.s. Temperatura 42,2ºC. Peso e medidas dos ovos: 16,2 x 10 mm. 0,74g. Dimorfismo sexual muito diferenciado.
Habitat: Mata e scrub das Províncias Atlântica e Central.
Migração: Pequena migratória.
Descrição: Lado dorsal: fronte, vértice e dorso alto, verde-brilhante, tendo uma faixa estreita verde-esmeralda mais iridescente, que se destaca da base do bico até o vértice; restante dorsal, inclusive supracaudais e retrizes centrais, cobre-brilhante, retrizes restantes pouco maiores, de cor marrom com bordas cobre-metalizado; mácula pós-ocular branca.
Lado ventral: mento escuro, garganta com mácula arredondada vermelho-rubi, restante do corpo, verde-esmeralda cintilante, sendo mais intenso o verde da barriga; crisso com tufos esbranquiçados e plumosos; infracaudais marrons com uma faixa subterminal verde bronzeada e bordas cinza-pardacento. Bico reto e negro. Fêmea: lado dorsal verde-capim, com fronte e vértice pouco mais escuro; retrizes como no macho. Lado ventral de cor amarela-avermelhada, inclusive infracaudais; mácula pós-ocular branca. Jovens, como a fêmea.
Biótopos para nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.
O ninho desta espécie é suspenso em um ramo quase horizontal a uma altura que varia de 3,5 a 10 metros de altura do solo. É confeccionado de material macilento construído de paina de Typha, chorísia, gramíneas, bromeliáceas, asclépias, etc. as paredes externas são forradas de líquenes de vários tamanhos de coloração verde-acinzentado. É um ninho do terceiro tipo da Classificação de A.Ruschi. Só a fêmea trabalha na sua confecção, na incubação dos ovos e nos cuidados com a prole. O período de incubação é de 15 dias e os jovens deixam o ninho aos 25 dias de idade. O banho desta espécie é tomado nas cascatas ou jatos e respingos das mesmas. Para tanto, podem pousar sobre a rocha onde os respingos caem ou vão diretamente em voo ao jato de água. Assim repetem por várias vezes, para buscarem em seguida um pouso para higiene de plumagem. O descanso é sempre em um ramo à sombra e lá também preferem ficar para o canto. Este é muito sonoro e alto com uma frase repetida por centenas vezes: tirri.tirri.tirri...., que pode ser em compassos diferentes, binários ou ternários. O banho de sol é idêntico ao das demais espécies já descritas, pois o pouso em ponto ensolarado e os movimentos regulares e da cauda distendida, eriçando as penas das partes que deseja expor aos raios solares, fazem tomar as atitudes mais interessantes. O dormir é também na floresta virgem, em local muito abrigado entre a ramagem e a folhagens. A parada nupcial é também distinta em todas suas fases, mas justamente a apresentação e exibição da plumagem e seu paroxismo vem definir, como sempre foi acontecer, pela conquista da eleita. Esse galanteio em Clytolaema rubricauda é feito em voo de libração em frente à fêmea, que esta pousada em um ramo em local de sombra. É então que ainda se torna mais reluzente e iridescente a plumagem das máculas guturais e cefálica que o macho lhe exige, para o que baixa e eleva a cabeça. Em seu voo de arranques faz vibrar as asas em ritmos diversos, ora com maior rapidez e violência, ora com ritmo diminuído, fazendo cair o numero de vibrações, parecendo mesmo que vai parar a vibração. É notório que os beija-flores sempre estão com as asas em vibração quando realizam o voo, pois não podem planar senão por muito tempo, o que acontece com muitas outras aves. Nessa apresentação e exibição de plumagem, é acompanhada do canto já referido, ele passa em círculos pela fêmea, que as vezes se vira para o lado oposto no próprio poleiro, a fim de observar o eleito, e este, sempre com rápido abrir e fechar de cauda, e por vezes mantendo-a distendida em leque, faz um vôo apenas 50º de circulo e muda um pouco o canto, já agora com tri-tri-tri-ip, ip, ip até que a fêmea tome a posição desejada da conquista.
Reconhecimento em seu habitat. Com o canto que possui, muito especial e diferente de todas as demais espécies, e o seu colorido bem pronunciado, tendo seu bronze-dourado inclusive a cauda e a mácula rubi-intenso da garganta e uma outra em forma de cunha verde-reluzente intenso na fronte, e a fêmea de cor totalmente canela pela frente e de todo corpo e dorsalmente verde-dourado capim, torna-se bem conhecida. Entre as flores que preferem podem-se assinalar Helicteris brevispera, Dombeya wallichii, Citrus sinensis brasilensis e outras espécies do mesmo gênero, Eucalyptus robustus, inga edulis, e outras espécies do mesmo gênero, Genipa americana, Musa paradisíaca e outras espécies do mesmo gênero, ainda certas espécies das famílias rubiáceas, leguminosas, bombacáceas, begnoniáceas, malváceas, zingiberáceas e bromeliáceas, como sendo as principais, pois ainda muitas outras se encontram entre suas preferidas
Observações: Trata-se de uma espécie altamente belicosa, pois ataca todas as espécies que se avizinham do seu território, seja em pouso ou área de alimentação. Quando em sua área de nidificação, ao contrário do que acontece com outras especies que se limitam a emitir um som de alerta, quando o intruso se acha próximo, com Clytolaema a agressão é instantânea e de grande potencia. Sempre que esta especie parte para o ataque, seu vôo é muito veloz e continuado, levando o inimigo para muito longe, e quando o atinge, consegue por vezes agarrá-lo com suas fortes unhas e o segura levando-o para o solo e ali domina sua presa sob fortes bicadas, que se tornam fatais em muitos casos. Nessa agressão o macho ou a a fêmea seguem o intruso, emitindo o som de duas palavras distintas: it,tich, it, tich, it tich, durante o tempo da perseguição e, e uma vez o inimigo agarrado ou se lhe consegue escapar, tudo acaba e regressa ao seu pouso anterior.
Citação - Aves do Brasil - Volume V - Augusto Ruschi
Observação do autor: Outra ação = se esbaldando de néctar da flor de cerejeira que o peito está todo
"nectado".
Fiz este registro na agradável cia de Dina Bessa.
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Fernando Briggemann, feita em Rancho Queimado-SC, em 28.06.2009.
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Luiz Damasceno, feita na Reserva Guainumbi, São Luiz do Paraitinga-SP, em 22.07.2012.
Observação do autor: Na excelente companhia de Jarbas Mattos, Junior Girotto, Deusdete Pinho, Ubaldo filho, Mario Martins e Demis Bucci no comando.
Familia Trochilidae
Subfamilia Trochilinae
Ordem Trochiliformes
Etimologia
Clytolaema - do grego klutos = esplendido, bonito, belo + laimos = garganta, goela.
rubricauda - do latim ruber = vermelho + cauda = rabo, cauda.
Citação - Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frisch.
Beija-Flores do Brasil - Numero 17
Biótopos para nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.
O ninho desta espécie é suspenso em um ramo quase horizontal a uma altura que varia de 3,5 a 10 metros de altura do solo. É confeccionado de material macilento construído de paina de Typha, chorísia, gramíneas, bromeliáceas, asclépias, etc. as paredes externas são forradas de líquenes de vários tamanhos de coloração verde-acinzentado. É um ninho do terceiro tipo da Classificação de A.Ruschi. Só a fêmea trabalha na sua confecção, na incubação dos ovos e nos cuidados com a prole. O período de incubação é de 15 dias e os jovens deixam o ninho aos 25 dias de idade. O banho desta espécie é tomado nas cascatas ou jatos e respingos das mesmas. Para tanto, podem pousar sobre a rocha onde os respingos caem ou vão diretamente em voo ao jato de água. Assim repetem por várias vezes, para buscarem em seguida um pouso para higiene de plumagem. O descanso é sempre em um ramo à sombra e lá também preferem ficar para o canto. Este é muito sonoro e alto com uma frase repetida por centenas vezes: tirri.tirri.tirri...., que pode ser em compassos diferentes, binários ou ternários. O banho de sol é idêntico ao das demais espécies já descritas, pois o pouso em ponto ensolarado e os movimentos regulares e da cauda distendida, eriçando as penas das partes que deseja expor aos raios solares, fazem tomar as atitudes mais interessantes. O dormir é também na floresta virgem, em local muito abrigado entre a ramagem e a folhagens. A parada nupcial é também distinta em todas suas fases, mas justamente a apresentação e exibição da plumagem e seu paroxismo vem definir, como sempre foi acontecer, pela conquista da eleita. Esse galanteio em Clytolaema rubricauda é feito em voo de libração em frente à fêmea, que esta pousada em um ramo em local de sombra. É então que ainda se torna mais reluzente e iridescente a plumagem das máculas guturais e cefálica que o macho lhe exige, para o que baixa e eleva a cabeça. Em seu voo de arranques faz vibrar as asas em ritmos diversos, ora com maior rapidez e violência, ora com ritmo diminuído, fazendo cair o numero de vibrações, parecendo mesmo que vai parar a vibração. É notório que os beija-flores sempre estão com as asas em vibração quando realizam o voo, pois não podem planar senão por muito tempo, o que acontece com muitas outras aves. Nessa apresentação e exibição de plumagem, é acompanhada do canto já referido, ele passa em círculos pela fêmea, que as vezes se vira para o lado oposto no próprio poleiro, a fim de observar o eleito, e este, sempre com rápido abrir e fechar de cauda, e por vezes mantendo-a distendida em leque, faz um vôo apenas 50º de circulo e muda um pouco o canto, já agora com tri-tri-tri-ip, ip, ip até que a fêmea tome a posição desejada da conquista.
Reconhecimento em seu habitat. Com o canto que possui, muito especial e diferente de todas as demais espécies, e o seu colorido bem pronunciado, tendo seu bronze-dourado inclusive a cauda e a mácula rubi-intenso da garganta e uma outra em forma de cunha verde-reluzente intenso na fronte, e a fêmea de cor totalmente canela pela frente e de todo corpo e dorsalmente verde-dourado capim, torna-se bem conhecida. Entre as flores que preferem podem-se assinalar Helicteris brevispera, Dombeya wallichii, Citrus sinensis brasilensis e outras espécies do mesmo gênero, Eucalyptus robustus, inga edulis, e outras espécies do mesmo gênero, Genipa americana, Musa paradisíaca e outras espécies do mesmo gênero, ainda certas espécies das famílias rubiáceas, leguminosas, bombacáceas, begnoniáceas, malváceas, zingiberáceas e bromeliáceas, como sendo as principais, pois ainda muitas outras se encontram entre suas preferidas
Observações: Trata-se de uma espécie altamente belicosa, pois ataca todas as espécies que se avizinham do seu território, seja em pouso ou área de alimentação. Quando em sua área de nidificação, ao contrário do que acontece com outras especies que se limitam a emitir um som de alerta, quando o intruso se acha próximo, com Clytolaema a agressão é instantânea e de grande potencia. Sempre que esta especie parte para o ataque, seu vôo é muito veloz e continuado, levando o inimigo para muito longe, e quando o atinge, consegue por vezes agarrá-lo com suas fortes unhas e o segura levando-o para o solo e ali domina sua presa sob fortes bicadas, que se tornam fatais em muitos casos. Nessa agressão o macho ou a a fêmea seguem o intruso, emitindo o som de duas palavras distintas: it,tich, it, tich, it tich, durante o tempo da perseguição e, e uma vez o inimigo agarrado ou se lhe consegue escapar, tudo acaba e regressa ao seu pouso anterior.
Citação - Aves do Brasil - Volume V - Augusto Ruschi
FÊMEA - ADULTO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Elisa Torricelli, feita na Pousada 3 Pinheiros, Campos do Jordão-SP, em 28.05.2010.Observação do autor: Outra ação = se esbaldando de néctar da flor de cerejeira que o peito está todo
"nectado".
Fiz este registro na agradável cia de Dina Bessa.
FÊMEA - ADULTO -BRIGANDO -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Fernando Briggemann, feita em Rancho Queimado-SC, em 28.06.2009.
MACHO - CAUDA EM LEQUE -
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Luiz Damasceno, feita na Reserva Guainumbi, São Luiz do Paraitinga-SP, em 22.07.2012.
Observação do autor: Na excelente companhia de Jarbas Mattos, Junior Girotto, Deusdete Pinho, Ubaldo filho, Mario Martins e Demis Bucci no comando.
MACHO - ADULTO - IRIDESCÊNCIA -GARGANTA E FRONTE - MICÇÃO
Foto gentilmente cedida para esta matéria por Marco Guedes, feita na Reserva Guianumbi, São Luis do Paraitinga-SP em 08.07.2012.
Observação do autor: Eu queria registrar o momento em que ele acendia as duas luzes, o rubi na garganta e este lindo verde na testa que eu não sabia ser tão intenso e bonito. Fiz dezenas de fotos enquanto ele guardava o bebedor, afastando os intrusos e voltando ao mesmo poleiro. E não é que, ao ver as fotos na tela grande, descobri que havia registrado também o rápido e exato momento da micção?? Uma bela surpresa que divido com vcs.
Familia Trochilidae
Subfamilia Trochilinae
Ordem Trochiliformes
Etimologia
Clytolaema - do grego klutos = esplendido, bonito, belo + laimos = garganta, goela.
rubricauda - do latim ruber = vermelho + cauda = rabo, cauda.
Citação - Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frisch.
Beija-Flores do Brasil - Numero 17
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