segunda-feira, 5 de março de 2018

Beija-flor-marrom

Colibri delphinae, Lesson, 1839.


Foto gentilmente cedida por Gilvan Moreira, feita em 29.04.2013, em Lençóis-BA, no  Centro da cidade.centro da cidade.

Observação do autor: Nem só de Casa-da-Geleia vive o lendário beija-flor-marrom, eu e Sandra os encontramos em diversos pontos da Cidade, inclusive na referenciada casa. 


Esta é uma das raridades procurada e encontrada nesta nossa "Turnê pela Chapada"

Outros nomes populares: Beija-flor-orelhudo-marrom e beija-flor-marrom-de-orelha-azul.


Foto gentilmente cedida por Fábio Olmos, feita em Moyobamba (Peru), em 18.08.2011
Observação do autor: Mais um click no jardim de beija-flores de Quebrada Mishquiyacu, Moyobamba, Peru.

Distribuição geográfica:Panamá, Costa Rica, Honduras, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Guianas e Brasil, no extremo norte do Rio Branco.

Caracteristicas: Comprimento 115mm. Asa 71. Cauda 41. Bico 17. Peso 7g. Temp. 41°C. Vib. Medida e peso dos ovos:0,58g. 16x9. Femea semelhante, tendo coloração geral mais clara e pouco menor.

Habitat: Savana, cerrado de altitude e floresta amazônica e limítrofe ao Roraima.

Migração: Pequena migratória.


Foto gentilmente cedida por Rafael S.Santos, feita em 02.01.2012, em Fazenda - Palmeiras/BA

Descrição: Lado dorsal pardo-oliva-bronzeado, supracaudais pardo-esverdeado-escuro, franjadas de vermelho. Ventralmente pardo-cinza-listrado de negro; garganta ornada lateralmente com leques verde-cobre-brilhante, passando a azul-violeta-escuro. Infracaudais vermelho-canela com pequenos discos cinza ou pardo-oliva. Retrizes bronze-avermelhado dorsalmente e bronzeado-oliva ventralmente, com extremidade amarelada e com faixa enegrecida.

Biótopos para nidificação, banho, canto, parada nupcial, descanso e dormir.
O ninho é do terceiro tipo da Classificação A.Ruschi, fixado em forquilha de arbusto a um metro ou pouco mais de altura do solo, na savana ou  cerrado de altitude. A incubação é de 14-15 dias e os jovens deixam o ninho entre 20 e 25 dias. A fase de parada nupcial mais movimentada é da exibição de plumagem, pois o macho exibe de maneira mais vibrante possível os leques laterais do pescoço, abrindo-os colocados para a frente, e as penas em escamas do pescoço e mento são movimentados, dando uma nuance variável de luz e cores maravilhosas. A isso junta-se ainda a cauda mantida aberta, que baixa e levanta, trazendo sempre o leque bem exposto, e o canto muito rico de silabas em chilreado, entremeado de tonalidades bem graves, assim seu voo vai circundando a femea que continua pousada a espreita-lo, até que após voos rápidos a muita altura, ambos chilreando, vão e voltam a novo pouso, para continuar a dança e galanteio, para configuração da ultima fase, que é a copula. O banho preferido por esta especie é também como acontece com as demais especies do gênero Colibri, nos respingos das cascatinhas ou dos respingos que caem das rochas úmidas; assim passam vários minutos, e seguem por várias vezes pousando em um ramo para regressar à agua e depois fazem a higiene de plumagem. Também costumam chegar ao local do banho vários indivíduos, machos e femeas ao mesmo tempo. Para o canto escolhem um local por vezes além de vinte metros de altura, em ramo bem exposto ao sol e ali e ali permanecem durante mais de meia hora, alardeando seu cantar, que é muito alto, cheio de trinados e com vários assovios tonalidades diferentes, com silabas variadas. Também o pouso para descanso pode ser ao sol ou em local abrigado, em altura e com boa visibilidade. O banho de sol é tomado com os mesmos gestos e movimentos já indicados para outras especies. As flores preferidas são em grande maioria da parte do dossel das grandes arvores da floresta, como certas Voquiziaceas, Leguminosas, Bignoniáceas, mas também frequentam flores e certos arbustos e mesmo herbáceas, com certas Euforbiáceas, Cactáceas, Bromeliáceas, Combretáceas, Verbenáceas e outras. É muito facilmente reconhecido ao voo, face ao seu piado agrave e a sua coloração marrom-pardo com leques no pescoço bem visíveis a certa distancia.
Citação: Aves do Brasil - Beija-flores - Volume  V Augusto Ruschi.


Etimologia:
Colibri - do espanhol colibri = beija-flor (originalmente este nome veio de uma tribo indigena do Caribe)
delphinae - derivado de Delphinios, apelido ou cognome Apolo, deus do Sol, segundo a mitologia grega.
Citação:Aves Brasileiras - Johan, Christian Dalgas Frish.


BEIJA-FLORES DO BRASIL - NUMERO 25

BEIJA-FLORES DO PERU - NUMERO 1

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