quarta-feira, 14 de março de 2018

Chapéu-de-couro

Nome científico: Echinodorus grandiflorus



Nomes populares: chapéu-de-couro, chá-de-campanha, chá-do-brejo, chá-mineiro, cegonha-do-brejo, erva-do-brejo, aguapé, erva-do-pântano, chá-de-pobre



Características gerais: herbácea ou subarbusto aquático, perene, acaule, rizomatoso, de 1-2 m de altura, nativo de terrenos brejosos e ácidos de todo o continente Americano, inclusive o Brasil, onde é muito comum em beira de lagoas e terrenos brejosos. Folha simples, coriáceas, com nervuras proeminentes, de 20-30 cm de comprimento, com pecíolo rígido de até 1,3 m de comprimento. Flores brancas, reunidas em inflorescências paniculadas amplas, dispostas acima da folhagem no ápice de longos pedúnculos originados diretamente dos rizomas. Ocorre nas regiões Sudeste e Nordeste do país a espécie Echinodorus macrophyllus ( Kunth) Micheli, que apresenta características, propriedades e nomes populares muito semelhantes, sendo inclusive utilizada para os mesmos fins medicinais.



Usos: é considerada "planta daninha" em mananciais aquáticos e ocasionalmente cultivadas como ornamental em lagos decorativos ou para fins farmacêuticos. É bem conhecida e utilizada na medicina tradicional há séculos, sendo todas as suas partes empregadas, em todo país, na cura de várias moléstias, tanto na forma de chás caseiros como em preparações da indústria farmacêutica de fitoterápicos, embora a eficácia e a segurança dessas preparações ainda não tenham sido comprovadas cientificamente. O chá de suas folhas é um dos mais populares como diurético e depurativo do organismo em uso no interior do país. Seus rizomas são empregados na forma de cataplasma para hérnias, enquanto a parte aérea ou somente as folhas são usadas como diuréticas e tônica, indicadas como depurativa no tratamento da sífilis, doenças da pele, moléstias do fígado e afecções renais (inflamação da bexiga e cálculos renais). Atribui-se ainda à esta planta a capacidade de interromper o progresso de arteriosclerose. O seu chá é preparado juntando-se água fervente sobre uma colher das de sobremesa do pó das folhas secas e moídas em uma xícara das médias, o qual deve ser bebido na dose de uma xícara, duas vezes ao dia. Indicado também para tratar os incômodos do reumatismo, ou usado como gargarejo ou bochecho para afecções da garganta (amigdalite e faringite), estomatite e gengivite. Nos casos de gota reumática e dores nevrálgicas, a recomendação é aplicar compressas bem quentes do mesmo tipo de chá, preparando em quantidade maior, um litro ou mais, que serve também para ser usado em banhos-de-assento duas ou três vezes ao dia, para tratamento da prostatite (inflamação da próstata). A presença de alcalóides, glicosídeos, saponinas, taninos, flavonóides, terpenos e sais minerais é citada em sua composição química, embora sem confirmação segura.



CITAÇÃO: PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL - NATIVAS E EXÓTICAS - HARRI LORENZI - F.J. ABREU MATOS

Colhi estas lindas imagens da referida planta na Fazenda Santa Rosa do amigo Paulo Lima dias Filho.

PLANTAS MEDICINAIS DE ARCEBURGO/MG - NUMERO 5

PLANTAS AQUÁTICAS  DE ARCEBURGO/MG- NUMERO 3

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