terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Rabo-branco-pequeno-da-mata

Phaethornis Squalidus Squalidus Temminck 1822.


Primeiro registro dele  em 16.12.2014.

Distribuição geográfica: Faixa litorânea do Brasil leste-meridional, do Espirito Santo a Santa Catarina, inclusive sudeste de Minas Gerais.

Características: Medidas: 120 mm. Asa 48. Cauda 56. Bico 24. Peso 3.7 g. Vibração da asa 32 p.s. Peso e medidas dos ovos: 0,48 g. 14,3 x 10. Temperatura 41ºC. Sexos iguais.

Habitat: Florestas virgens de encosta, da província atlântica, visitando também jardins que estiverem nas imediações.


Flor que visita.

Migração: Pequena migratória.

Descrição: Lado dorsal bronzeado-mate, sendo mais escuro na cabeça; penas da região uropigiana e supracaudais com margens de franja mais larga amarelo-canela-claro; retrizes centrais e subcentrais bronze-esverdeadas, passando a castanho e pontas alongadas brancas; as externas idênticas, com ápice cor camurça: linha supra-ocular e infra-ocular amareladas, destacando a macula ocular e auricular negra que vai até o pescoço. Lado ventral com mento e garganta negro-fuliginoso; peito cinza-amarelado, abdômen, barriga e infra-caudais mais avermelhado-canela-claro. Fêmea com a coloração mais esmaecidas  e macula da garganta menor. Jovens, como a fêmea.


Registro em 2018, a mostra a mandíbula.

Biótopos para nidificação,  banho, canto, descanso, para nupcial e dormir.

Esta especie tem seu voo sempre no primeiro piso da floresta virgem ou em florestas secundárias das imediações, a uma altura de menos de um metro até três metros do solo. Na parada nupcial, o voo e exibição de plumagem, com o canto chilreado e assovios de certa melodia, caracterizam a fase de exibição de plumagem, que antecede a copula. Também esta espécie eriça as penas de mácula negra da garganta e eleva, durante o voo de libração em frente a fêmea, as penas do dorso, como se o seu corpo estivesse curvado, pois a cauda é levada

 pra frente abrindo e fechando em leque, mostrando uma graça bem própria e inconfundível. O ninho é do segundo tipo da Classificação de A.. Ruschi como são todas as especies do gênero Phaethornis do Espirito Santo, com apêndice caudal, afixado sempre em pínula da folha da palmeira ou de alguma outra folha que ofereça condições para afixá-lo em sua extremidade e que fique em balanço, dando proteção na página inferior da folha. A postura é incubada em 14 dias. Os ovos, devido os líquenes vermelhos de Spiloma roseum, que que ornamentam a câmara oológica externamente e por vezes atingem seu interior, devido a umidade e calor, apresentam a coloração vermelha, o que também costuma ocorrer com P. eurynome e Caliphlox amethystina. Os jovens deixam o ninho aos 20-22 dias de idade. O banho também nesta especie é tomado em poça de água límpida, nos córregos e rios no interior da floresta. O local é previamente inspecionado e, uma vez considerado desimpedido de inimigos ou qualquer outro empecilho, atira-se na água. E isso repete por várias vezes, seguindo o pouso num ramo da margem do córrego, para a higiene da plumagem.
O banho de sol é tomado em ramo exposto aos raios solares, por entre as ramagens da floresta, e segue o mesmo ritual das outras espécies, com exposição da pele do pescoço e da parte dorsal, com a limpeza do malófagos com as unhas. O seu canto é chilreado, frases bem nítidas e com assovios de certa melodia, bem distinto das demais especies do gênero. O pouso para canto é sempre em local bem abrigado, não ultrapassando um metro de altura do solo e ali permanece por meia hora ou mais, se não for perturbado.

Reconhecimento em seu habitat: Sua semelhança com Phaethornis eyrynome, quando passa em voo pela mata, logo se desfaz, pelo seu porte menor e pelo seu canto de alerta, que se limita a um simples sii, baixinho, ao invés de canto forte e rumoroso, muito repetido do P. eurynome. Para ser observado, basta que se vigie alguma planta de bromeliacea em flor, dos gêneros bilbérgia, neureçegia ou alguma helicônia, palicourea, costus, e alguma especie da família acantacea ou rubiacea.


Mata/ambiente que frequenta.

Citação: AVES DO BRASIL - Volume IV - Augusto Ruschi.

Nome popular no WikiAves -rabo-branco-pequeno.


Beija-flores de Arceburgo/MG - Numero 12

Beija-flores do Brasil - Numero 30


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