Tangara fastuosa
Características
Mede por volta de 13 cm e é um dos poucos traupídeos que apresentam tons de roxo-violeta e alaranjado na plumagem. Há um dimorfismo sutil entre os sexos, que para olhos mais treinados resolvem os problemas para a sexagem em campo. Basta expor as aves sob a luz do sol, quando recém coletadas na Natureza para estudos e soltura, e olhando-se atentamente de cima, nota-se claramente a tonalidade azul-clara metálica da cabeça do macho, diferente da fêmea, que possui tonalidade verde-amarelada metálica. Outro detalhe é que quase sempre os machos possuem cabeça um pouco maior que a das fêmeas.
Alimentação
Alimenta-se de frutos, brotos, insetos e pequenos vermes.
Reprodução
Geralmente de setembro a dezembro. Ninho em forma de taça, mas há relatos de ninhos semi-fechados, muitas vezes feitos com folhas de várias plantas da família das taquaras, e postura média de 2 a 3 ovos, tendo 2 a 3 ninhadas por temporada. Estes ninhos são geralmente construídos dentro de bromélias epífitas em árvores relativamente altas. Os filhotes e imaturos apresentam plumagem de coloração verde-oliva uniforme.
Hábitos
Vive em ambientes que vão desde matas bem preservadas a outras severamente transformadas, entre elas zonas costeiras de restinga, florestas úmidas e áreas do Rio Grande do Norte conhecidas como tabuleiros. Alguns fragmentos de mata que ainda restam nos grotões de propriedades das usinas de cana-de-açúcar do Nordeste tem sido verdadeiros refúgios para a espécie. Por vezes freqüenta pomares, próximos às pequenas matas nativas onde ainda subsiste precariamente. Diferente de sua congênere do Sul e Sudeste, a saira-sete-cores (Tangara seledon), o pintor-verdadeiro quase não é visto em bandos mistos, sendo mais comum em pequenos grupos familiares. É agressivo e territorialista.
Distribuição Geográfica
É um endemismo notável do Nordeste brasileiro; sendo restrito principalmente no litoral dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, havendo relatos para os Estados de Sergipe e Rio Grande do Norte. Segundo alguns pesquisadores, no intuito de diminuir a ameaça de extinção que paira sobre essa espécie, muitas aves capturadas ao tráfico, foram soltas em áreas não divulgadas, onde quase não existem outros traupídeos; como algumas reservas do Centro-Oeste e mesmo em algumas ilhas do litoral brasileiro.
- Federação Ornitológica de Minas Gerais: http://www.feomg.com.br/tan_fest.htm]
- BRUNO, Sávio Freire. 100 ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO BRASIL e o que você pode fazer para evitar. Ediouro, 2008
Um nordestino ameaçado de extinção
O Pintor-verdadeiro, uma das mais belas aves da fauna do Nordeste, encontra-se na lista vermelha das aves ameaçadas de extinção.
Também conhecido como pintor, sete-cores-do-nordeste e saíra-pintor, é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Sendo uma das aves mais procuradas por criadouros ilegais devido à sua beleza. Sua alimentação é composta de frutos, brotos, insetos e pequenos vermes.
Essa grande procura fez com que seu nome fosse parar na lista internacional de aves ameaçadas de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) na categoria "vulnerável". Contudo, esteve na lista na categoria "criticamente em perigo" e regrediu para vulnerável. Mas ainda não há o que se comemorar, pois o tráfico de aves e a redução de habitat são os principais obstáculos para o re-estabelecimento das populações no Nordeste.
Em Alagoas, ainda é possível observar essa espécie em municípios como Quebrangulo, Murici, Pilar, Pindoba, São Miguel dos Milagres, além de Maceió. Porém, criar aves continua sendo uma prática comum, basta andar nas ruas desses municípios para ver a quantidade absurda de gaiolas penduradas nas varandas e fachadas das residências, chegando, às vezes, a dezenas em uma única casa.
Portanto, enquanto houver esse pensamento mesquinho de aprisionar nossas aves para deleite próprio e a ganância de se obter lucro através da comercialização ilegal de elementos de nossa fauna, estaremos, sempre, a caminho de um destino sem volta, o da extinção.
Sérgio Leal - Editor Voluntário do portal www.onordeste.com
Fiz esta foto e este video no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde a ave aparece alimentando em uma Palmeira. Esta ave conforme narrativa do autor do texto acima, é endêmica do Nordeste, e tem uma anilha, o que demonstra que ela foi solta ou escapou de algum criatório. Fiquei três dias no Jardim Botânico e só observei esta, sorte minha e dos amigos do Blog, já que ela aparece somente em alguns pontos do nordeste.
No exterior, nesta semana nosso Blog foi visto na Noruega.
No Brasil nas queridas cidades de:Santa Cruz do Rio Pardo-SP, São Leopoldo-RS, Piranguçu-MG e Monte Santo-BA.
Ademir adorei esta foto, que belo momento o pássaro parece se exibir pra suas lentes e mostrar que já esteve aprisionado...mas que agora pode seguir seu vôo livremente!
ResponderExcluirLindo pássaro com tantas cores, não poderia estar ameaçado de extinção.
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Boa noite!